terça-feira, 27 de março de 2012

Platini triunfa em reestruturação na Liga dos Campeões


Foto: AP Michel Platini, presidente da Uefa desde 2007, triunfa em reestruturação da Liga dos Campeões
Sete países diferentes estão representados nas quartas de final. A distribuição representa um recorde na atual Era da competição

Alemanha, Chipre, Espanha, França, Inglaterra, Itália e Portugal. Sete países diferentes estão representados nas quartas de final da Liga dos Campeões, que começam a ser disputadas a partir desta terça-feira. A distribuição recorde na atual Era da competição representa uma vitória de Michel Platini no comando da Uefa.

Presidente da entidade desde 2007, o ex-jogador francês implantou uma "democratização" na competição a partir da temporada 2009/10 ao abrir mais espaço para equipes campeãs nacionais, mesmo que isso resultasse na presença de representantes de países com pouca tradição no futebol. Isso foi feito através de uma mudança nas condições de acesso à fase de grupos.

"A Liga era fantástica. Hoje em dia, não é mais assim. Estamos tentando trazer um novo aspecto, uma nova forma para a competição. Estamos tentando trazer de volta o brilho especial que o torneio tinha no passado", afirmou Platini na época em que pretendia fazer a mudança na Liga dos Campeões.

O formato anterior previa 16 times classificados de forma direta, sendo dez campeões nacionais e seis segundos colocados nas ligas de maior coeficiente no ranking da Uefa. Os outros 16 participantes da fase de grupos eram definidos por um sistema de mata-mata que era composto tanto por terceiros e quartos colocados dos países tradicionais como pelos vencedores das ligas mais modestas. Por esse motivo, não era raro ver Inglaterra, Espanha e Itália contando com quatro representantes na fase de grupos da competição. 

A mudança veio em 2009, com o número de times classificados de forma direta aumentando de 16 para 22. Estas seis vagas a mais passaram a ser ocupadas pelos terceiros colocados das três ligas mais bem posicionadas no ranking da Uefa e por outros três campeões nacionais. As outras dez são definidas por dois modelos diferentes de mata-mata. Um envolve apenas campeões nacionais e premia cinco equipes. O outro rende mais outros cinco classificados, que saem de uma disputa envolvendo times que não ficaram com o título em suas respectivas ligas.

O principal símbolo do triunfo de Platini na atual edição da Liga dos Campeões é o Athletikos Podosferikos Omilos Ellinon Lefkosias, conhecido simplesmente como APOEL. O inexpressivo time do Chipre deixou os concorrentes Porto, Shakhtar e Zenit e se classificou em primeiro lugar no Grupo G.

A classificação para as oitavas de final já era um feito inédito para um time cipriota, mas o APOEL foi ainda além e se colocou no grupo dos oito melhores da Europa após despachar o Lyon. O desafio agora será maior ainda: se quiser avançar à semifinal, terá que causar espanto no mundo do futebol e superar o poderoso Real Madrid, dono de nove títulos da Liga dos Campeões.

O APOEL não foi a única surpresa da atual edição da competição. O Basel, da Suíça, conseguiu triunfar ao lado do Benfica no Grupo C, o que custou a eliminação do Manchester United – vice-campeão em 2011. Os suíços, no entanto, não conseguiram resistir ao Bayern de Munique nas oitavas de final.

Outro poderoso de Manchester, o City, também teve sua caminhada na Liga dos Campeões interrompida ainda na fase de grupos. Mas ao contrário do que ocorreu com o seu rival, não viu um time inexpressivo ficar com uma das vagas, visto que Bayern e Napoli foram os classificados.

Com exceção do APOEL, os demais clubes que disputam as quartas de final desta edição são times com tradição na competição, que já disputaram a decisão ao menos uma vez. Destes sete, apenas o Chelsea  jamais conquistou o título.

Fonte: IG

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