Foto: AP Michel Platini, presidente da Uefa desde 2007, triunfa em reestruturação da Liga dos Campeões
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Sete países diferentes estão
representados nas quartas de final. A distribuição representa um recorde na
atual Era da competição
Alemanha, Chipre, Espanha,
França, Inglaterra, Itália e Portugal. Sete países diferentes estão
representados nas quartas de final da Liga dos Campeões, que começam a ser
disputadas a partir desta terça-feira. A distribuição recorde na atual Era da
competição representa uma vitória de Michel Platini no comando da Uefa.
Presidente da entidade desde
2007, o ex-jogador francês implantou uma "democratização" na
competição a partir da temporada 2009/10 ao abrir mais espaço para equipes
campeãs nacionais, mesmo que isso resultasse na presença de representantes de
países com pouca tradição no futebol. Isso foi feito através de uma mudança nas
condições de acesso à fase de grupos.
"A Liga era fantástica.
Hoje em dia, não é mais assim. Estamos tentando trazer um novo aspecto, uma
nova forma para a competição. Estamos tentando trazer de volta o brilho
especial que o torneio tinha no passado", afirmou Platini na época em que
pretendia fazer a mudança na Liga dos Campeões.
O formato anterior previa 16
times classificados de forma direta, sendo dez campeões nacionais e seis
segundos colocados nas ligas de maior coeficiente no ranking da Uefa. Os outros
16 participantes da fase de grupos eram definidos por um sistema de mata-mata
que era composto tanto por terceiros e quartos colocados dos países
tradicionais como pelos vencedores das ligas mais modestas. Por esse motivo,
não era raro ver Inglaterra, Espanha e Itália contando com quatro
representantes na fase de grupos da competição.
A mudança veio em 2009, com o número de times classificados de forma direta aumentando de 16 para 22. Estas seis vagas a mais passaram a ser ocupadas pelos terceiros colocados das três ligas mais bem posicionadas no ranking da Uefa e por outros três campeões nacionais. As outras dez são definidas por dois modelos diferentes de mata-mata. Um envolve apenas campeões nacionais e premia cinco equipes. O outro rende mais outros cinco classificados, que saem de uma disputa envolvendo times que não ficaram com o título em suas respectivas ligas.
O principal símbolo do
triunfo de Platini na atual edição da Liga dos Campeões é o Athletikos
Podosferikos Omilos Ellinon Lefkosias, conhecido simplesmente como APOEL.
O inexpressivo time do Chipre deixou os concorrentes Porto, Shakhtar e Zenit e
se classificou em primeiro lugar no Grupo G.
A classificação para as
oitavas de final já era um feito inédito para um time cipriota, mas o APOEL foi
ainda além e se colocou no grupo dos oito melhores da Europa após despachar o
Lyon. O desafio agora será maior ainda: se quiser avançar à semifinal, terá que
causar espanto no mundo do futebol e superar o poderoso Real Madrid, dono
de nove títulos da Liga dos Campeões.
O APOEL não foi a única
surpresa da atual edição da competição. O Basel, da Suíça, conseguiu triunfar
ao lado do Benfica no Grupo C, o que custou a eliminação do Manchester
United – vice-campeão em 2011. Os suíços, no entanto, não conseguiram resistir
ao Bayern de Munique nas oitavas de final.
Outro poderoso de
Manchester, o City, também teve sua caminhada na Liga dos Campeões
interrompida ainda na fase de grupos. Mas ao contrário do que ocorreu com o seu
rival, não viu um time inexpressivo ficar com uma das vagas, visto que Bayern e
Napoli foram os classificados.
Com exceção do APOEL, os
demais clubes que disputam as quartas de final desta edição são times com
tradição na competição, que já disputaram a decisão ao menos uma vez. Destes
sete, apenas o Chelsea jamais conquistou o título.
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