A atual safra de balanços trouxe uma
surpresa bastante agradável e interessante: a chegada do Coritiba à turma com
as maiores receitas do futebol brasileiro. O Coxa entra nesse grupo com uma
receita bruta total em 2011 de 66,5 milhões de reais, em 11º lugar na relação
dos doze maiores faturamentos. A tabela abaixo, extraída do balanço, mostra as
receitas com seus respectivos valores e a variação em relação ao ano de 2010:
Infelizmente, o balanço agrupa muitas
receitas numa mesma rubrica, sem diferenciação, o que, em termos práticos,
impede uma visão mais acurada não só do balanço, mas, principalmente, do
desempenho do clube em diferentes áreas. Conforme consta nas notas
explicativas, as receitas são constituídas por:
- Mensalidades: inclui os
sócios patrimoniais e os sócios-torcedores; o grande aumento de 87,5% em
relação ao ano de 2010 é explicado pelo retorno do Clube à Primeira Divisão do
Campeonato Brasileiro, jogos no Estádio Couto Pereira e as conquistas
realizadas no ano, como Campeão do Campeonato Paranaense, Vice-Campeão da Copa
do Brasil e o bom desempenho no Campeonato Brasileiro.
- Competições: essa conta
inclui as receitas decorrentes de contrato de transmissão de televisão, receita
com bilheterias e receitas com premiações e cotas de participações em
competições. Seus números foram fortemente impactados pelo novo contrato de
cessão de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro e pela boa campanha
na Copa do Brasil, com o time chegando à final da competição.
- Transferência de Atletas inclui
as receitas com transferências e o recebimento de prêmios de solidariedade
através do mecanismo de compensação na formação de atletas, recebidos de clubes
do exterior.
- Receitas Patrimoniais inclui
as receitas oriundas de placas de publicidades, locação de lojas, salas e
espaços existentes no Estádio Couto Pereira, bem como royalties decorrentes da
cessão do uso da marca Coritiba.
- Patrocínios/Subvenções é
composta por receitas oriundas da Timemania e de outras loterias, e principalmente
da receita obtida com contratos celebrados com patrocinadores.
O ideal, e fica a sugestão para a diretoria do Coritiba, é discriminar,
um a um, em contas separadas, os valores de direitos de transmissão, bilheteria
dos jogos e marketing (patrocínios e licenciamento da marca). As receitas com
as placas de publicidade e locações de lojas no Estádio Couto Pereira poderiam
ficar numa conta específica referente ao estádio.
Fonte:
Emerson Gonçalves Olhar Crônico Esportivo
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