O uniforme do São Paulo,
fabricado pela Reebok desde 2006, passará a ser da Penalty a partir de janeiro
de 2013. O contrato a ser assinado envolve uma verba de R$ 12 milhões e a
cessão de 110 mil peças anuais por três anos, até 2015.
A Penalty estava na disputa
pelo clube paulista junto com a Mizuno. A Reebok, administrada pela Vulcabras
no Brasil e pertecente à Adidas em nível global, não chegou a fazer proposta,
pois o grupo alemão preferiu aguardar por um desfecho no Flamengo, no qual
pretende substituir a Olympikus.
O São Paulo não confirma o
negócio. José Francisco Manssur, assessor da presidência, afirma que não pode
“falar nada” sobre o futuro fornecedor de materiais esportivos do time “até o
último dia de contrato” com a Reebok. Adalberto Baptista, diretor de futebol, também
se recusou a comentar a negociação e disse apenas que a Penalty é uma das que
estão “fortes” na disputa.
A razão pelo silêncio do
clube está ligada às vendas de fim de ano. Caso São Paulo e Penalty assumissem
que chegaram a um acordo, as camisas da Reebok que estão no mercado
encalhariam, pois os torcedores prefeririam aguardar para comprar o novo
modelo. Por esta razão, trocas de fornecedoras de materiais esportivos costumam
ser confirmadas somente às vésperas da assinatura do novo contrato. Neste caso,
o anúncio deverá ser feito em dezembro para não prejudicar as vendas no período
do Natal.
Um dos principais indícios
de que a Reebok estava de saída do São Paulo é o fechamento das lojas SAO
Store, administradas pela empresa. No início deste ano, a fornecedora fechou a
unidade da Oscar Freire, uma das mais lucrativas e simbólicas. O clube decidiu
não obrigar a parceira a abrir uma nova loja em outro local, uma vez que o
contrato vigente prevê dez lojas em atividade, pois, como o vínculo terminaria
no fim deste ano e não havia perspectiva de renovação, o investimento não seria
recuperado até o fim de 2012.
Para a Reebok, perder o São
Paulo também significa sair da elite do futebol brasileiro. No ano passado, a
marca já havia deixado de estar nas camisas de Internacional, que assinou
contrato com a Nike, e Cruzeiro, que continuou a ser parceiro da Vulcabras, mas
passou a vestir Olympikus.
A saída do futebol é um
movimento que a Reebok está adotando internacionalmente, inclusive. A Adidas,
detentora da marca, fez uma reestruturação interna neste segundo semestre e, a
partir de 2013, irá lançar uma nova campanha global para ela. A marca irá se
concentrar no segmento de fitness, dividido em cinco segmentos: running,
musculação, yoga, dança e CrossFit.
Fonte: 26/10/2012 - POR RODRIGO CAPELO
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