Um dos principais motivos para o adiamento da renuncia de Ricardo Teixeira, que pretendia abandonar as presidência da CBF e do COL na sexta-feira antes do carnaval, foi a preocupação com o futuro.
O ex-dono do futebol brasileiro pretendia garantir que o próximo presidente da CBF esquecesse o passado.
Sua gigantesca rejeição popular, se bem usada, poderia servir de trampolim para o substituto.
Teixeira conhece bem os cartolas. Conseguiu controlá-los por 23 anos.
Não confia neles.
Está ciente que são viciados em poder e adorariam ter mais credibilidade com a população.
Imagine se o sucessor decidir investigar profundamente todas as negociações da CBF nas duas últimas décadas, encontrar algo (não sei se há o que achar) e tornar pública a informação?
Certamente seria beneficiado com o respeito do povo.
O espaço nos noticiários dos assuntos ligados ao futebol aumentará cada vez mais por causa da Copa de 2014.
As editorias de econômia e política, por exemplo, estão interessadas nos bastidores da maior paixão brasileira.
Nesse roteiro da vida real há os cartolas, deputados, senadores, o ex-presidente da república, ex-jogadores de sucesso, empreiteiros….
Ainda não tem o mocinho.
E, aparentemente, o surgimento de um não interessa ao ex-presidente da CBF e do COL.
Teixeira não resolveu a situação tal qual desejava antes de se mudar para Boca Raton.
Pressionado, precisou sair antes.
Queria ver Marco Polo Del Nero no seu lugar, mas não conseguiu articular a mudança.
Aproximou-se de José Maria Marin, sucessor natural de acordo com o estatuto da CBF, e parceiro de Del Nero na Federação Paulista.
No mundo da política futebolística a palavra nada vale, mas se Marin cumprir o combinado entre eles, trabalhará nos próximos meses para Marco Polo virar presidente da CBF.
Devido a alguns problemas pessoais, José Maria Marin não sabe por quanto tempo permanecerá no cargo.
Claro, neste momento de incertezas a respeito do futuro, há cartolas doutras de federações também de olho no cargo.
Os bastidores da política cartolística vão esquentar bastante nas próximas semanas.
Fonte: De Vitor Birner
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