quarta-feira, 9 de maio de 2012

As receitas das Federações

Complementando o processo de divulgação das receitas dos clubes e da CBF, é a vez de analisarmos as Federações estaduais de futebol. Vejamos a ordem por faturamento em 2011:

1)      Federação Paulista de Futebol – R$ 25.724.000,00 – link
2)      Federação de Futebol do Rio de Janeiro – R$ 11.972.835,44 - link
3)      Federação Gaúcha de Futebol – R$ 7.641.319,40 – link
4)      Federação Mineira de Futebol – R$ 5.534.491,00 (sem link)
5)      Federação Paranaense de Futebol – R$ 4.634.697,73 – link
6)      Federação de Futebol de Goiás – R$ 3.480.708,34 – link
7)      Federação de Futebol da Bahia – R$ 3.422.818,00 – link
8)      Federação Pernambucana de Futebol – R$ 3.142.280,00 – link
9)      Federação de Futebol do Acre – R$ 2.781.000,56 – link
10)  Federação Catarinense de Futebol – R$ 2.592.853,00 – link
11)  Federação Cearense de Futebol – R$ 2.409.507,89 -  link
12)  Federação de Futebol do Espírito Santo – R$ 2.037.061,67 - link
13)  Federação Paraense de Futebol – R$ 1.344.389,02 – link
14)  Federação Sergipana de Futebol – R$ 1.217.763,06 – link
15)  Federação de Futebol do Mato Grosso do Sul – R$ 1.183.159,32 - link
16)  Federação Paraibana de Futebol – R$ 996.734,15 - link
17)  Federação Alagoana de Futebol – R$ 840,562,43 – link
18)  Federação de Futebol de Rondônia – R$ 770.596,00 – link
19)  Federação Tocantinense de Futebol – R$ 633.369,00 – link
20)  Federação de Futebol do Piauí – R$ 272.491,25 – link

Considerações:

* Não divulgaram seus balanços as seguintes Federações: Distrito Federal, Maranhão, Roraima, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Minas Gerais. A Federação Mineira foi a única a responder ao contato, enviando por e-mail suas demonstrações e responsabilizando burocracias internas pela ausência no site.

* A Federação Norte-Riograndense publicou apenas o balanço patrimonial, sem a demonstração de resultados que dá acesso às receitas.

* A procura por informações em meio às distintas realidades por vezes é um verdadeiro show de horror. Além da falta de transparência, sites inexistentes, links quebrados e e-mails que retornam são comuns, principalmente nas Federações de menor expressão.

*  Neste sentido, situações estranhas foram identificadas, como no caso da Federação acreana (9ª no ranking). Grande parte de suas receitas seriam provenientes de supostos “patrocínios” (na ordem de R$ 1,4 milhões). Como não existiriam fins lucrativos, a Federação alega ter repassado o valor quase integralmente aos clubes. Isso em um dos estados com o futebol menos desenvolvido e onde a Federação sequer possui site no ar.

* O Piauí vive situação oposta. Em último lugar no ranking, sua contabilidade expõe que 99% das receitas seriam provenientes de “doações da CBF”. O faturamento oriundo das partidas de futebol teria proporcionado míseros R$ 2.491,25. A título de comparação, em Tocantins (penúltimo na lista) houve mais de R$ 200 mil arrecadados em taxas, como seria natural.

* Situações como esta fizeram com que o Blog tentasse compreender o expediente das “doações, subvenções e repasses da CBF”, presente nos registros de metade das Federações (CE, GO, RO, TO, AC, ES, PI, RJ, PB e SE). Ainda que se aproximem do expressivo valor de R$ 6 milhões, não foi possível identificar a origem destes recursos no registro de despesas da CBF. E a Confederação, como de praxe, não retornou aos contatos.

Responsáveis pela organização do futebol profissional nos estados e no Distrito Federal, as Federações administram montantes superiores a R$ 80 milhões, em boa parte originários do bolso dos torcedores – na forma de inúmeras taxas. É imprescindível que haja maior transparência na administração destes recursos, sob pena de vermos atendidos interesses muito diferentes daqueles que realmente anseiam os brasileiros.

Fonte: Por Vinicius Paiva | site da CBF

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