sexta-feira, 19 de abril de 2013

O Cruzeiro inaugura a era da ativação no futebol? [OPINIÃO]


O Cruzeiro apresentou Dedé numa loja de supermercado. O Cruzeiro justificou a apresentação com números. Desde o anúncio da contratação do zagueiro, o clube ganha cerca de 500 novos sócios-torcedores ao dia.

Como hoje a moda no futebol é tentar cumprir a meta estipulada pela Ambev de que os clubes consigam elevar para 3,5 milhões o número de sócios-torcedores, todas as ações das entidades têm sido voltadas para esse fim. Por isso a ideia cruzeirense de levar para o supermercado que é parceiro do projeto “Movimento por um futebol melhor” a apresentação de seu badalado jogador.

Mais do que apenas tentar turbinar o projeto dos sócios, o Cruzeiro pode ter inaugurado uma nova era para o futebol, muito comum no exterior e que por aqui ainda é muito pouco explorada. Cada vez mais os clubes precisam ativar suas propriedades. Ir à rua e levar para o cotidiano do torcedor seus acontecimentos.

Também nesta sexta-feira, na Inglaterra, o Chelsea e a Uefa fizeram uma ação para promover a chegada da taça da Liga dos Campeões da Europa a Londres. No próximo dia 26 de maio a cidade receberá a decisão do campeonato. Três dias antes do jogo, uma exposição montada pela Uefa estará aberta ao público. Hoje, pelo sistema de transporte público londrino, a taça deu o “ar da graça” ao consumidor local.

Esse tipo de ação abre um mercado gigantesco para o marketing esportivo no Brasil, uma vez que as instituições precisam de agências especializadas em realizar esse tipo de negócio. Por aqui, a expectativa é de que com a Copa do Mundo e as Olimpíadas o esporte aprenda como tirar melhor proveito de símbolos poderosíssimos que só ele tem e que pode ajudar, e muito, as marcas a faturarem mais.

Na Inglaterra, a agência Ear To The Ground foi quem fez toda a ação da taça da Champions, que fica até a final em Wembley em poder do Chelsea por ser o atual campeão do torneio.
No Brasil, o Cruzeiro e a Ambev prepararam a ação dos sócios. Uma mostra evidente de que há muito espaço para caminhar no mercado brasileiro.

Fonte: Erich Beting - UOL

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