Com novo lançamento, Nike quer crescer longe da Ásia |
Um tênis que pode ser
produzido em qualquer país, sem depender da mão-de-obra oriental promete ser a
grande virada da Nike na produção de calçados para os próximos anos. A empresa
anunciou na última terça-feira o lançamento do tênis Knit, que será usado pelos
maratonistas nos Jogos Olímpicos em Londres.
Além de pesar apenas 160g, a
grande inovação do tênis é o fato de ser composto por microfios que são
entrelaçados e vestidos como uma espécie de “segunda pele” no solado. Além de
permitir a leveza do material, esse sistema faz com que o processo de produção
do tênis seja amplamente modificado.
Atualmente, os componentes
dos tênis são produzidos e montados no Oriente, local em que a mão-de-obra é
mais especializada e, principalmente, mais barata. Isso tem feito com que
diversos países adotem medidas protecionistas para não ferir a indústria local.
Com isso, o tênis que é produzido na Ásia geralmente tem uma sobretaxa de
importação.
A mudança pode representar
uma grande quebra de paradigma no segmento de calçados. Cingapura, Tailândia,
Índia e China são os principais produtores do setor. Com a inovação do Knit, os
tênis da Nike poderão ser produzidos localmente, reduzindo as taxas e, assim,
diminuindo o preço final do produto ao consumidor.
No Brasil, a Nike é uma das
líderes do movimento contrário das fabricantes de material esportivo à
sobretaxa aos tênis importados, imposta há cerca de três anos pelo governo para
proteger os fabricantes nacionais.
O grupo, que entre
outras empresas conta também com Asics, Adidas e Alpargatas (dona das marcas
Topper e Mizuno), tem se reunido constantemente para tentar derrubar a taxa que
fez o preço final dos tênis importados subirem em mais de R$ 50.
Fonte: ERICH BETING Da Máquina do Esporte, Em Nova York
(EUA)
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