Segunda competição nacional
em importância, a Copa do Brasil vale sobretudo por classificar seu campeão
para a Copa Libertadors e tem um caráter completamente distinto do Campeonato
Brasileiro. Nos últimos anos ela tem sido prejudicada em sua disputa pela ausência
de até seis dos principais clubes brasileiros, disputando a Copa Libertadores.
Isso inclui, sempre, o seu próprio campeão.
Feita essa consideração
inicial, vocês tomarão conhecimento a partir de agora de mais um estudo da
Pluri Consultoria, que mostrará, nessa primeira parte, uma visão geral da Copa
do Brasil, o valor de mercado de seus participantes, sua inserção no conjunto
de competições do Brasil e do continente, entre outros aspectos interessantes.
Panorama geral
A Copa do Brasil é a quarta competição
mais valiosa de que participam os clubes brasileiros regularmente, com um valor
total de mercado de 1,5 bilhão de reais para seus 64 participantes. Então, não
são considerados aqui o Campeonato Argentino e o Mundial de Clubes, pois do
primeiro os nossos clubes não participam, como é óbvio, e do segundo não o
fazem regularmente.
A partir da edição 2013 ela
voltará a contar com a participação dos clubes brasileiros que também disputam
a Copa Libertadores. Com isso, seu valor de mercado terá um pulo de mais ou
menos 1 bilhão de reais, o que poderá deixá-la como a competição mais valiosa
do continente, superando a própria copa continental e o Brasileiro da Série A.
De um oposto para o outro: o
valor médio de mercado de seus participantes é baixo, inferior até ao valor
médio dos clubes que disputam o Campeonato Mineiro. O número de 23,7 milhões de
reais por equipe é quase cinco vezes menor que a média dos participantes do
Brasileiro da Série A.
Com seu caráter de copa
abrangente, a Copa do Brasil é a competição mais democrática do Brasil, mas é,
também, a que apresenta os maiores desequilíbrios entre seus participantes,
como, por sinal, costuma ocorrer com as copas nacionais. Como comparativo, o elenco
do São Paulo, o mais valioso, é 233 vezes mais valioso que o elenco do Real de
Roraima, o menos valioso. No Brasileiro de 2011 essa diferença foi de 14,4
vezes, apenas.
São Paulo é o estado com
maior número de participantes: 6; logo depois vêm Minas Gerais e Paraná, com 4
times cada um. Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Ceará, Rio
Grande do Norte e Pará têm 3 clubes cada um.
Considerando os valores de
mercado, a liderança paulista é ainda maior: 28% do total. Minas Gerais com 16%
e Rio Grande do Sul com 11% vêm na sequência, e depois Rio de Janeiro com 9% e
Paraná com 8%. Somados, os vinte times dos cinco estados – 31% do número de
equipes – com maior participação no valor de mercado, representam 71% do valor
total da competição.
Esses mesmos cinco estados
têm 98 milhões de habitantes, equivalente a 51% da população brasileira, e um
PIB de 2,1 trilhões de reais, equivalente a 66% do PIB brasileiro.
Como podemos ver, números e
relações bem típicos do Brasil e seus desequilíbrios.
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