É de R$ 26 milhões o orçamento da
Confederação Brasileira de Atletismo para 2012. Desse total, R$ 24,2 milhões
sairão dos cofres públicos.
Assembleia aprova orçamento da CBAt (César Catingueira/CBAt) |
Fontes
dos recursos:
R$ 16 milhões do patrocínio
da Caixa;
R$ 3,2 milhões da Lei
Agnelo Piva;
R$ 5 milhões do Ministério
do Esporte;
R$ 1,8 milhões de “apoios
diversos.
Os R$ 5 milhões do
Ministério do Esporte são exclusivos para a manutenção dos Centros Nacionais de
Treinamento.
“Foi confirmada também a
parceria com a TV Globo, assim como a Nike continuará como a fornecedora de
uniformes”, diz o comunicado da CBAt, sem revelar valores.
O orçamento foi aprovado na
assembléia geral que terminou neste domingo, em Manaus, onde mora o presidente
Gesta de Melo, há 25 anos no poder.
Destinação
dos recursos
R$ 6,5 milhões – Apoio aos
Centros de Treinamento, Campings e cursos
R$ 5,2 milhões –
competições nacionais e internacionais
R$ 2,6 milhões – formação
de seleções
R$ 1,3 milhão – para as
federações estaduais
R$ 780 mil – Programa de
Combate ao Doping
R$ 3,9 milhões – Apoio a
atletas de alto nível e jovens talentos
R$ 1,3 milhão para Centros
de Descobertas de Talentos
R$ 2,9 milhões para as
demais atividades da Confederação.
Eleição
Na assembléia, o presidente
da Federação Paulista de Atletismo, José Antônio Martins Fernandes, foi eleito
presidente da CBAT, em substituição a Gesta de Melo, há 25 anos no comando da
confederação.
Nos últimos 25 anos surgiu
a internet, caíram muros e ditaduras, tivemos quatro moedas, vários planos
econômicos, a democracia começou a se instalar em Cuba… mas Gesta resistiu às
mudanças, “democraticamente” intocável!
E, mesmo com novo
presidente eleito, Gesta de Melo continuará no cargo até o ano que vem, para
facilitar a “transição”, completando, assim, 26 anos de comando exclusivo.
Fim da
ditadura?
Antes de deixar a CBAt,
Gesta de Melo aprovou mudanças no estatuto. A partir de agora, será permitida
apenas uma reeleição. Com a saída dele acabou a ditadura?
Não creio.
Recentemente, tivemos um
triste exemplo de falta de palavra, quando o presidente da Confederação de
Tênis, Jorge Lacerda de Rosas, sugeriu rasgar o estatuto da entidade e fazer
outro para que ele pudesse concorrer pela terceira vez ao cargo. Conseguiu, sob
aplausos dos presidentes de federações.
A “ditadura dos cartolas”,
vergonhosamente, ainda domina o esporte olímpico brasileiro. Mandam e
desmandam, fazem o que bem entendem, porque o Comitê Olímpico dá o exemplo, o
Estado financia com muita verba pública e o Ministério do Esporte avaliza a
farsa.
Fonte: Blog José Cruz e CBAt
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