O Secretário de Esporte Célio Renê apresentou o projeto "Brasília na Copa 2014". |
Não tem jeito. O esporte
será obrigado a se tornar cada vez mais profissional no Brasil. E esse talvez
seja de fato um dos “legados” da realização de Copa do Mundo e Jogos Olímpicos
no país nos próximos anos.
À parte da revolução que
está com cara de que vai se aproximar na CBF, os clubes de futebol no Brasil
puxam a fila e, aos poucos, começam a ter nos seus departamentos de marketing
pessoas com formação acadêmica e, mais do que isso, atuação profissional nas
áreas de marketing, publicidade e correlatas.
É uma evolução que ao poucos
também começa a se espalhar para outras modalidades e tomará um caminho sem
volta no país em cerca de dez anos.
Até 2016, os investimentos
das empresas no esporte passarão a ser cada vez maiores e mais criteriosos. O
achismo na hora de buscar uma oportunidade está sendo abandonado de vez, e isso
força que o esporte esteja preparado para oferecer um bom retorno para os
investidores.
Mesmo que com atraso, o
Brasil começa a descobrir que investir no esporte não é só caridade, mas um
negócio de fato, com prazo de duração, metas previamente estabelecidas e
mensurações que vão muito além da simples exposição da marca, sem criar
qualquer vínculo com o consumidor.
Num mundo cada vez com mais
multiplataformas de comunicação e com a mídia totalmente segmentada, o esporte
transforma-se numa eficiente forma de encontrar e se engajar com o consumidor.
Só para se ter uma ideia, na Copa de 58, por exemplo, apenas o rádio e os
veículos impressos eram usados como meios de busca pela informação pelo
torcedor. Em 2014, são pelo menos cinco diferentes plataformas para acompanhar
uma partida, além do próprio estádio.
Ainda que à força, as coisas
começam a evoluir. Mais um bom exemplo vem do Corinthians, que coloca como
diretor de marketing Ivan Marques, um dos sócios da agência de publicidade
F/Nazca (leia mais aqui), além de manter toda a estrutura que há quase uma
década está no clube.
O esporte também precisa
saber fazer marketing, vender seu produto e saber quem é seu consumidor. Do contrário,
vai ficar parado no tempo e, possivelmente, será ultrapassado pelos
concorrentes.
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