domingo, 6 de maio de 2012

Após saída de diretores, Palmeiras lança balanço favorável


O Palmeiras perdeu na última quinta-feira Jorge Vacarini, até então diretor financeiro, e Walter Munhoz, vice-presidente financeiro, que decidiu deixar de acompanhar a rotina do departamento para se manter apenas como vice-presidente, cargo estatutário. Mesmo assim, o balanço patromonial divulgado um dia depois, nesta sexta, aponta números positivos em praticamente todos os principais quesitos.
Walter Munhoz (à dir.) deixou departamento financeiro do Palmeiras

"O Palmeiras está demandando demais do nosso tempo, e não está dando para contabilizar com o tempo que temos para nos dedicarmos às nossas empresas", pondera Walter Munhoz a respeito de sua saída, motivada por razões pessoais, segundo ele. O vice-presidente não irá mais participar do dia a dia da área financeira, e um substituto para o cargo de Vacarini ainda está sendo escolhido pela presidência.

Demissões à parte, as receitas subiram de R$ 119 milhões em 2010 para R$ 146 milhões em 2011, um aumento de 23%, enquanto as despesas tiveram queda de R$ 168 milhões para R$ 142 milhões, ou 16%, no mesmo período. Esse cenário fez com que o clube terminasse o ano fiscal com lucro operacional de R$ 4 milhões, algo que contrasta bastante com o prejuízo de R$ 49 milhões de 2010.

De qualquer modo, o Palmeiras terminou 2011 com déficit de R$ 22,8 milhões. A equipe conseguiu lucro operacional, mas esse indicador reflete apenas o desempenho financeiro do ano fiscal de 2011, sem contar com todos os juros, entre outras subtrações, acarretados por gestões anteriores. A GF Auditores Independentes, inclusive, responsável por checar os números, advertiu o clube sobre o déficit.

Outra surpresa está no marketing. Apesar de ter demitido os três diretores que o comandaram durante todo o ano passado, o Palmeiras viu a verba arrecadada com publicidade e patrocínio subir de R$ 18,7 milhões em 2010 para R$ 44,5 milhões em 2011. De um período para o outro, as principais mudanças foram a renovação do contrato com a Adidas e a chegada de empresas como BMG e Skill à camisa.

Fonte: RODRIGO CAPELO (Da Máquina do Esporte, São Paulo – SP)

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