A
consultoria BDO RCS divulgou um estudo que mostra a arrecadação dos 20 clubes
mais ricos do Brasil. Dono da maior torcida do país, o Flamengo aparece
apenas na quinta posição. Corinthians, São Paulo, Internacional e Santos estão
na frente do Rubro-Negro. O Peixe, inclusive, saltou do sexto para o quarto
lugar.
Para
a economista Elena Landau, a diferença entre os clubes da Gávea e da Vila
Belmiro foi o investimento nos seus craques. Enquanto o Santos acertou ao
manter Neymar, o Flamengo erra ao insistir em Ronaldinho Gaúcho.
- O
Santos tomou uma grande decisão. Hoje, o time sem craque, sem símbolo, não
consegue andar. A diferença entre o Santos e o Flamengo é que o Flamengo fez a
aposta errada. O clube se endividou pelo Ronaldinho e ele é uma decepção. O
Flamengo precisa de um patrocínio grande o suficiente para pagar o Ronaldinho
e, por outro lado, ele não é um bom produto. Ele só sai no jornal porque está
jogando mal, porque deu festa. Jogadores com muito menos futebol são símbolos
de seus clubes. O Ronaldinho não é - disse Elena, convidada do"Redação
SporTV" na sexta-feira.
Observando
o estudo, a economista ainda teme que haja um grande aumento na diferença entre
os clubes de maior arrecadação e os outros participantes das Séries A e B e
usou como exemplo o domínio de Real Madrid e Barcelona na Espanha.
- Os
clubes estão ganhando cada vez mais dinheiro, mas, mesmo assim, ainda é menos
do que poderiam ganhar. A dependência das verbas da televisão é muito grande e,
por causa disso, voce tem uma separação de grupos de clubes. O Brasil pode
caminhar para uma "espanholização" do futebol. Dois ou três podem
subir muito e o resto pode ficar muito abaixo. Podemos ter os nossos Real
Madrid e Barcelona, e sem a mesma qualidade.
O
escritor e jornalista Guilherme Fiúza, colunista da revista "Época",
acredita que as verbas de transmissão pagas pelas redes de televisão são o que
ainda possibilita os grandes investimentos de clubes e só existem por causa da paixão
do torcedor.
- Os
clubes brasileiros foram salvos pela televisão, ou seja, pelo público. A
administração dos clubes no Brasil está muito distante, muito aquém, da paixão
que o torcedor tem pelo seu time.
Fonte:
Por SporTV.com Rio de
Janeiro
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