Do céu ao inferno em cinco
anos. Assim pode ser resumida a história da compra da Calçados Azaleia pela
Vulcabras em 2007. A aquisição da marca que mais atravancava o crescimento da
companhia da família Grendene foi vista pelo mercado como uma tacada de mestre.
A partir da criação do grupo
Vulcabras|azaleia, o Brasil passou a ter a maior empresa do segmento de artigos
esportivos, desbancando uma hegemonia mundial de Nike e Adidas em praticamente
todos os países do mundo.
Mas o conto de fadas virou
pesadelo. Atolada nas dívidas contraídas para a compra da antiga concorrente, a
Vulcabras passa desde o ano passado por um processo de enxugamento. A forma
mais cristalina disso se vê pelo patrocínio esportivo. Desde 2011, Inter e São
Paulo e, agora, Flamengo, deixaram de ser clubes patrocinados por marcas
pertencentes ao grupo. O COB, após uma década, trocou a Olympikus pela
Nike.
A perda desses patrocínios
faz parte do proceso de reestruturação da Vulcabras, que só pretende voltar a
investir maciçamente no esporte a partir de 2014. Até lá, o Cruzeiro e a CBV,
ambos com a Olympikus, seguirão como grandes propriedades de patrocínio.
"Eu acredito que nós
vamos fechar um bom ano de recuperação e provavelmente no ano que vem comece a
fazer investimentos institucionais novamente. Neste ano não estamos orçando
isso. E nosso orçamento para 2014 será feito a partir do segundo
semestre", afirmou Pedro Bartelle, diretor de marketing do grupo, em
entrevista exclusiva à Máquina do Esporte.
Segundo o executivo, a
expectativa é de que, em 2015, a companhia já esteja brigando por grandes
contratos, como fez desde 2005, ao provocar, primeiro com a Reebok, e depois
com a Olympikus, uma revolução no relacionamento entre clubes e empresas de
material esportivo no mercado brasileiro.
Fonte: ERICH BETING | Da
Máquina do Esporte, São Paulo - SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário