sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Sócio-torcedor foi o maior entrave entre Flamengo e Traffic


Atual programa de fidelidade, Cidadão rubro-negro encontra-se parado

O acordo entre Traffic e Flamengo foi por água abaixo justamente na parte que parecia ser a mais fácil: a cessão do programa sócio-torcedor para a empresa explorar. As receitas seriam divididas com o clube.
Para compensar o fato de não lucrar com a venda do patrocínio master, que rendeu dinheiro à agência de Ronaldo, a Traffic ficaria com o espaço no ombro da camisa.
A empresa negociava com a Brasil Brokers (do ramo imobiliário) e acreditava poder fechar o negócio por R$ 4 milhões. O Fla avaliou o espaço em R$ 6 milhões. Ficou acertado que o clube daria até R$ 3 milhões para completar a diferença entre o valor projetado e o que fosse realmente arrecadado.
Vencida a costura mais difícil, a discussão travou na exploração do sócio-torcedor. O Flamengo já tem um parceiro e, segundo gente que participou da negociação, não chegou a um acordo para substituí-lo imediatamente pela empresa de J.Hawilla.
Sem o programa de fidelidade nas mãos, a Traffic preferiu deixar a Gávea. Ela acreditava poder lucrar com Ronaldinho, mas trazer o atacante foi principalmente uma forma de poder administrar o projeto sócio-torcedor.
 A parceira via como principal fonte de receita a torcida rubro-negra. Além disso, é uma decisão irreversível da Traffic apostar mais em programas de fidelidade com torcedores do que em jogadores. Seus executivos estão certos de que esse é o melhor investimento.
A obsessão é tanta que, apesar do rompimento atual, há quem diga no grupo comandado por Hawilla que uma reaproximação com o Flamengo é provável. Mas isso depois que a tempestade passar. E só para tratar do assunto sócio-torcedor.

Fonte: Perrone (UOL de São Paulo)

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