sexta-feira, 2 de março de 2012

Grandes do Rio elaboram projeto para alterar fórmula do Estadual


Fracasso de público na Taça Guanabara faz clubes grandes pensarem em mudanças


Após o primeiro gol do Fluminense na vitória por 3 a 1 sobre o Vasco, em jogo que definiu o campeão da Taça Guanabara, um torcedor deu susto nas arquibancadas do Engenhão. Francisco de Assis Vilar de Freitas, 52 anos, perdeu o equilíbrio na comemoração após pênalti convertido por Fred e caiu no fosso do estádio. O atendimento inicial ao tricolor foi rápido, mas equivocado: o colar cervical foi colocado de forma invertida na vítima. Assim, a ação não protegeu a coluna e o pescoço e ainda colocou em risco a integridade física do torcedor.

Segundo o jornal O Globo, o lucro na venda de ingressos rendeu apenas R$ 185 mil para o campeão Fluminense após nove jogos disputados. O presidente Peter Siemsen acredita que a Federação está receptiva à ideia de acabar com o excesso de times e tornar a competição mais atraente para os torcedores do Rio de Janeiro.

“Há um excesso de times que não têm o poder de contribuir economicamente para o campeonato. Por isso, o Carioca não é rentável. Os clubes grandes pagam para jogar e, no nosso entendimento, é preciso reduzir o número de clubes participantes. Conversamos, os quatro grandes, e vamos criar grupos de estudo para achar a solução e encaminhar à Federação”, prometeu o dirigente tricolor.

Siemsen reclama da estratégia dos times pequenos, que montam times de empresários somente para vender jogadores. Mesmo assim, têm a mesma exposição de patrocinadores e contribuem para a decadência técnica e econômica do Estadual do Rio. O presidente lembra que o Flu teve que pagar para jogar em quatro partidas da Taça Guanabara: contra Boavista, Duque de Caxias, Bangu e Vasco [primeira fase].

“Não há saída. É preciso diminuir a fase de grupos e valorizar as semifinais e finais. Sem as cotas de TV, estaríamos mortos”, completa o cartola. Apesar de valorizar a união dos times grandes do Rio no tema, Siemsen cutucou Maurício Assumpção, presidente do Botafogo, que administra o Engenhão.

“Não deveríamos pagar taxa para jogar no estádio se geramos receita para o concessionário levando torcida para o estádio, que come hambúrguer, paga estacionamento”, opinou o mandatário tricolor.

 Fonte: Uol / O Globo



OPINIÃO

Bom, não é de hoje que se fala no modelo, na formula e na real necessidade de existência dos campeonatos estaduais.

Volto a defender a manutenção destes campeonatos, simplesmente por questão de história e cultura dentro do futebol Brasileiro. Não dá para eliminar de uma hora para outra os estaduais do nosso calendário. Porém estes devem ser repensados, suas respectivas fórmulas e datas disponíveis.

Na reportagem acima, é citado à organização dos principais clubes do estado do Rio de janeiro, visando um projeto que busque a diminuição do número de participantes do campeonato carioca. Espero sinceramente que esta reunião seja para prioridades maiores dentro da organização do futebol carioca e seus respectivos produtos. Este mercado precisa ser explorado. Falam em G4 carioca, aguardemos para verificar se realmente proverá algum tipo de profissionalismo, que ultimamente anda escasso no meio futebolístico brasileiro.

As questões a serem debatidas, não podem somente ficar nas formulas dos campeonatos, mas devem se estender a estrutura organizacional dos clubes, no marketing e principalmente na gestão de recursos. Quem sabe uma discussão em grupo possa ajudar os clubes a finalmente se mexerem.

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