Fracasso de público na Taça Guanabara faz clubes grandes
pensarem em mudanças
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Após o primeiro gol do
Fluminense na vitória por 3 a 1 sobre o Vasco, em jogo que definiu o campeão da
Taça Guanabara, um torcedor deu susto nas arquibancadas do Engenhão. Francisco
de Assis Vilar de Freitas, 52 anos, perdeu o equilíbrio na comemoração após
pênalti convertido por Fred e caiu no fosso do estádio. O atendimento inicial
ao tricolor foi rápido, mas equivocado: o colar cervical foi colocado de forma
invertida na vítima. Assim, a ação não protegeu a coluna e o pescoço e ainda
colocou em risco a integridade física do torcedor.
Segundo o jornal O
Globo, o lucro na venda de ingressos rendeu apenas R$ 185 mil para o campeão
Fluminense após nove jogos disputados. O presidente Peter Siemsen acredita que
a Federação está receptiva à ideia de acabar com o excesso de times e tornar a
competição mais atraente para os torcedores do Rio de Janeiro.
“Há um excesso de times que
não têm o poder de contribuir economicamente para o campeonato. Por isso, o
Carioca não é rentável. Os clubes grandes pagam para jogar e, no nosso
entendimento, é preciso reduzir o número de clubes participantes. Conversamos,
os quatro grandes, e vamos criar grupos de estudo para achar a solução e
encaminhar à Federação”, prometeu o dirigente tricolor.
Siemsen reclama da
estratégia dos times pequenos, que montam times de empresários somente para
vender jogadores. Mesmo assim, têm a mesma exposição de patrocinadores e
contribuem para a decadência técnica e econômica do Estadual do Rio. O
presidente lembra que o Flu teve que pagar para jogar em quatro partidas da
Taça Guanabara: contra Boavista, Duque de Caxias, Bangu e Vasco [primeira
fase].
“Não há saída. É preciso
diminuir a fase de grupos e valorizar as semifinais e finais. Sem as cotas de
TV, estaríamos mortos”, completa o cartola. Apesar de valorizar a união dos
times grandes do Rio no tema, Siemsen cutucou Maurício Assumpção, presidente do
Botafogo, que administra o Engenhão.
“Não deveríamos pagar taxa
para jogar no estádio se geramos receita para o concessionário levando torcida
para o estádio, que come hambúrguer, paga estacionamento”, opinou o mandatário
tricolor.
OPINIÃO
Bom,
não é de hoje que se fala no modelo, na formula e na real necessidade de
existência dos campeonatos estaduais.
Volto
a defender a manutenção destes campeonatos, simplesmente por questão de
história e cultura dentro do futebol Brasileiro. Não dá para eliminar de uma
hora para outra os estaduais do nosso calendário. Porém estes devem ser
repensados, suas respectivas fórmulas e datas disponíveis.
Na
reportagem acima, é citado à organização dos principais clubes do estado do Rio
de janeiro, visando um projeto que busque a diminuição do número de
participantes do campeonato carioca. Espero sinceramente que esta reunião seja
para prioridades maiores dentro da organização do futebol carioca e seus
respectivos produtos. Este mercado precisa ser explorado. Falam em G4 carioca,
aguardemos para verificar se realmente proverá algum tipo de profissionalismo,
que ultimamente anda escasso no meio futebolístico brasileiro.
As
questões a serem debatidas, não podem somente ficar nas formulas dos campeonatos,
mas devem se estender a estrutura organizacional dos clubes, no marketing e principalmente
na gestão de recursos. Quem sabe uma discussão em grupo possa ajudar os clubes
a finalmente se mexerem.
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