sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Fla contrata auditoria para abrir caixa-preta


Travada por falta de dinheiro, nova diretoria rubro-negra não consegue reforços de peso e precisa contornar dívidas com os atletas.

Dívidas milionárias, falta de dinheiro em caixa para fazer grandes contratações, atraso nos salários e outros pagamentos, penhoras que mordem dinheiro novo que entra no cofre do Flamengo, e uma bola de neve de complicações financeiras. A nova gestão se assustou com os problemas e somente nos próximos meses vai tomar conhecimento da real condição do clube. A ideia - discutida já em dezembro - foi colocada em prática e uma auditoria já foi contratada para abrir a caixa-preta. E vermelha. O novo vice-presidente de finanças, Rodrigo Tostes, só deverá se pronunciar sobre a complicada situação depois de ter em mãos um parecer da análise minuciosa e independente que será realizada. Mas alguns casos chamam atenção e causaram espanto à diretoria que assumiu o clube.

Já se sabe que a Gávea tem cerca de 700 funcionários, número considerado muito elevado pela demanda da sede. Através da auditoria será possível destrinchar o quadro pessoal, funções, entre outros detalhes da folha salarial do Rubro-Negro. Demissões já começaram a ser realizadas e alguns pontos de interrogação vieram à tona, como um caso ligado à área de comunicação. Um dos funcionários recebia cerca de R$ 10 mil pagos não pelo clube, mas sim pela Braziline, empresa que tem contrato com o Flamengo para a produção de camisas licenciadas usando o símbolo do Rubro-Negro. Segundo o GLOBOESPORTE.COM apurou, esse valor já era pago na mesma condição a outro funcionário, que também exercia essa função na gestão Marcio Braga/Delair Dumbrosck.

O departamento financeiro do clube vai passar por reformulação. Pelo menos dois funcionários ligados ao ex-vice de finanças Michel Levy serão demitidos

- Está para ser anunciada a auditoria, mas estão sendo definidos os últimos detalhes do escopo e do tamanho do trabalho que será feito. É muito mais um diagnóstico para saber a gravidade da doença e tratá-la, não é um ato de autopromoção para podermos dizer o que fizemos depois - disse o novo vice de administração e tecnologia da informação, Claudio Pracownik, que participa diretamente da contratação da empresa responsável pela auditoria.

Alguns funcionários que foram demitidos no fim da gestão Patricia Amorim tiveram pouco tempo para comemorar os cheques recebidos no momento do desligamento, pois eles não tinham fundos. Cheques emitidos para pagamentos diversos na última semana de dezembro, alguns deles de alto valor, também foram devolvidos na quarta-feira, primeiro dia útil do ano. O departamento financeiro vai passar por reformulação, e pelo menos dois funcionários que trabalhavam com Michel Levy, ex-vice de finanças do clube, serão demitidos nos próximos dias. Em meio ao momento complicado, o clube esperava um depósito de antecipação de direitos para o último dia 31, mas ele não aconteceu.

Mesmo ainda sem ter a exata noção da situação financeira, a nova diretoria trabalha com estimativas bastante pessimistas, com um cenário descrito como o “pior dos mundos”.
Com os adiantamentos e as luvas do contrato de transmissão de jogos feitos por Patricia Amorim, o Flamengo já comprometeu mais de 90% dos seus recursos dessa natureza, restando cerca de R$ 8 milhões dessa verba para 2013. Nesta sexta-feira, o Conselho Fiscal vai emitir um parecer sobre as contas de 2011 ao Conselho Deliberativo.

- Só recomendaremos a aprovação mediante a reclassificação de algumas contas. Será preciso ajustar o resultado do exercício de 2011 e dar baixa nas despesas como, por exemplo, adiantamentos. O Flamengo adiantou verbas para alguns departamentos, chegaram os comprovantes, e agora tem que reduzir o saldo dos adiantamentos do saldo de despesas. Feito isso, a gente recomenda a aprovação. No balanço de 2011, o valor de adiantamentos ficou fora do padrão histórico do Flamengo, que é de R$ 2 mihões, e chegou a R$ 7 milhões – disse o presidente do Conselho Fiscal, Leonardo Ribeiro.

Está para ser anunciada a auditoria, mas estão sendo definidos os últimos detalhes do escopo e do tamanho do trabalho que será feito. É muito mais um diagnóstico para saber a gravidade da doença e tratá-la, não é um ato de autopromoção para podermos dizer o que fizemos depois"
 Claudio Pracownik, vice de administração e tecnologia da informação do Flamengo
 
O mandato de Leonardo Ribeiro termina em 31 de março. Até lá, ele diz que vai conduzir a auditoria do conselho e quer receber detalhes da apuração encomendada pela nova diretoria.
- Eles contrataram uma empresa para fazer o levantamento à parte, mas já existe uma auditoria interna. As contas de 2012 ainda estão sob nossos cuidados, pelo menos até o fim do meu mandato. O primeiro ofício do Conselho Fiscal direcionado para a nova administração vai ser o contrato com essa empresa.

No exercício de 2010, as contas foram aprovadas com ressalvas. Os números de 2012 ainda estão em aberto, mas houve problemas no primeiro semestre, quando a diretoria não emitiu nenhum dos balancetes trimestrais e teve de ser feito, por ordem do Conselho Fiscal, um balanço semestral extraordinário para que os conselheiros pudessem verificar as contas.
Os salários dos jogadores estão atrasados. E isso foi tema do bate-papo entre a nova diretoria e o elenco logo no primeiro dia de contato, na quinta-feira.

- São pessoas novas, sérias, que estão entrando no Flamengo, mas já chegaram com esse trabalho de resolver (atraso de salário). Mas são capacitadas para isso. Jogadores têm que se preocupar dentro de campo, deixar que essas pessoas resolvam essas pendências. Temos de dar esse voto de confiança, acredito que eles vão resolver. É acreditar e esperar que possam solucionar essa pendência do ano passado – disse o lateral-direito Léo Moura.
Mudanças no marketing

O departamento de marketing, um dos pontos que a nova direção quer trabalhar intensamente depois do insucesso na gestão Patricia Amorim, também sofrerá mudanças. Luiz Eduardo Baptista, novo responsável pela pasta e homem-forte na diretoria, está em viagem e na semana que vem providenciará as mudanças.

Com a chegada de Bap, o clube também espera fechar três patrocinadores para a camisa. No planejamento, haverá três cotas disponíveis a R$ 15 milhões. Os patrocinadores passarão por um revezamento quadrimestral de exposição da marca em três locais diferentes do uniforme: ombro, peito e manga. A sugestão inicial do Flamengo é que as empresas assinem contratos por três anos, totalizando R$ 45 milhões por cada uma..

Vice de futebol justifica falta de reforços: penhoras

O torcedor do Flamengo não poderá festejar a chegada de reforços de impacto durante o Campeonato Carioca. O vice de futebol Wallim Vasconcellos avisou que o clube só poderá ter nomes de peso a partir da Copa do Brasil e do Brasileirão. Segundo ele, “três ou quatro atletas” chegarão durante o primeiro turno do Estadual, mas apenas por empréstimo. O dirigente descartou entrar em leilões e anunciou que o Rubro-Negro está fora das tratativas para contratar Nenê, Vargas, Conca e Jorge Henrique, últimas sondagens do Fla. Wallim elegeu o maior vilão do Flamengo no momento: as penhoras. Sendo assim, o plano da nova diretoria é enxugar as despesas e canalizar o investimento em um primeiro momento para o futebol.

Nos últimos meses, o Fla teve
R$ 27 milhões penhorados pela Justiça por causa de execuções de antigas dívidas com a União

- Esse problema da penhora é o maior que temos hoje. Estamos trabalhando com os órgãos públicos, como Ministério da Fazenda, para tentar fazer acordos para as nossas dívidas. Vários acordos foram feitos, mas não foram cumpridos. Vamos reverter isso, o presidente está empenhado com o (departamento) financeiro para saber o tamanho da dívida, renegociar. Vamos ter dinheiro em caixa com patrocínio da Adidas, com patrocinadores, ações de marketing. Os jogadores não têm culpa. Nós, teoricamente, não temos culpa, mas vamos ter de matar essa bola no peito. Pedimos um pouco de paciência para eles. O que falamos é que agora começou um novo Flamengo e não teremos atraso de salários. Vamos resolver, e acredito que tenham entendido. O que pedimos é o esforço deles, isso vai nos ajudar a trazer receita para o clube – explicou o vice de futebol.

O Flamengo teve R$ 27 milhões penhorados pela Justiça nos últimos meses por conta de execuções de antigas dívidas com a União, como recolhimento de imposto de renda e contribuição previdenciária do período 2007-08-09. Em recesso, a Justiça volta a funcionar na próxima segunda-feira.

Fonte: Por Janir Júnior e Richard Souza Rio de Janeiro- GloboEsporte.com


Corinthians reforça "epidemia" ao apresentar Pato


O Corinthians aproveitou a contratação do atacante Alexandre Pato para reforçar a campanha "Epidemia Corinthiana", iniciada às vésperas da disputa do Mundial de Clubes, em dezembro passado. O anúncio do acerto com o atleta, contratado por 15 milhões de euros do Milan, foi feito com uma foto de Pato usando a máscara com o símbolo da campanha (foto ao lado).

No texto na capa do site do clube, a inscrição diz que Pato foi contaminado com o vírus da "locospirose". Se, em 2008, Ronaldo anunciou-se contratado do Corinthians como "mais um louco para o bando", agora Pato reforça a campanha que passou a nortear o marketing do clube antes do Mundial.

O Corinthians ainda discute qual estratégia de marketing usará para o novo jogador, contratação mais midiática desde Ronaldo, em dezembro de 2008. Uma eventual parceria com a Nike, patrocinadora de Pato, não está descartada.

A expectativa dentro do clube, porém, não é só do ponto de vista de geração de negócios com a imagem do atleta. O plano futuro é renegociar o jogador com o futebol europeu, lucrando com sua contratação. Nesta quinta-feira, Silvio Berlusconi, dono do Milan, disse que Pato prometeu voltar ao clube italiano no futuro.

Fonte: REDAÇÃO - Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP

Fornecedor: Fla tem contrato maior que Timão e São Paulo



O que temos visto nos últimos meses e mais acentuadamente nas últimas semanas e dias, são declarações a respeito dos valores dos patrocínios de fornecedores dos três clubes que tiveram seus contratos recentemente assinados. São também, e não por coincidência, os clubes das três maiores torcidas brasileiras: o Flamengo, que trocou a nacional Olympikus (Vulcabrás) pela multinacional Adidas; o Corinthians, que renovou com a multinacional Nike; e o São Paulo, que trocou a Reebok – marca multinacional, mas com gestão local da Vulcabrás – pela Penalty, da nacional Cambuci.

Os valores anunciados para o acordo Flamengo/Adidas giraram entre 35 milhões, inicialmente, e depois 38 milhões de reais por ano, durante dez anos.

Para o Corinthians e o novo acordo com a Nike, circulou a informação de que o acordo gira em torno de 30 milhões por ano, pelo período de 10 anos, dois dos quais ainda faziam parte do contrato que foi substituído.

Por último, o São Paulo anunciou oficialmente o acordo com a Penalty, e o valor comentado a partir de informações obtidas no clube, e posteriormente confirmado em nota no site oficial, é de pouco mais de 35 milhões de reais por ano, até 2015.

Naturalmente, nos dois primeiros casos há cláusulas prevendo reajustes dos valores. No caso do acordo São Paulo/Penalty, talvez em função de sua curta duração (apenas três anos) não há cláusula de correção (ou não foi informada).

Sobre o acordo do Flamengo com a Adidas, o portal GloboEsporte publicou algumas matérias, com as informações básicas sobre o contrato, a partir de informações obtidas diretamente do próprio documento. No caso do acordo do Corinthians com a Nike, as informações que virão a seguir nesse post foram obtidas por esse blogueiro junto a uma fonte do clube. No caso do São Paulo, pelo menos até o presente momento não disponho de informações mais completas a respeito do contrato, apesar de várias tentativas para obtê-las junto ao clube, portanto trabalhei com a informação oficial do São Paulo sobre o valor – “o contrato é válido até 2015 e garante ao Tricolor mais de R$ 35 milhões por ano.”

Detalhamento de valores 

A tabela abaixo detalha os principais pontos financeiros dos dois contratos sobre os quais disponho de informações, como já foi dito acima. Flamengo e Corinthians receberam luvas – 38 milhões no caso do Flamengo e 30 milhões no caso do Corinthians. Esses valores já foram ou estão sendo pagos, entrando nos caixas dos clubes no exercício 2012 ou 2013. Para efeito de valor dos contratos anualizados, elas foram divididas por 10 anos no caso rubronegro e por 8 anos no caso corintiano, por se tratar de uma extensão do contrato então em vigor, que tinha, ainda, mais dois anos de vigência e que já haviam sido contemplados por luvas.


Como mostra a tabela, o maior contrato é o da Adidas com o Flamengo. Para isso, consideramos a somatória de valores garantidos, com e sem inclusão das luvas, que resultam em 4,35 e 4,3 milhões de reais a mais, respectivamente, em relação ao contrato Nike/Corinthians. No caso da entrada de dinheiro líquido em caixa, a posição muda e o maior valor é o que a Nike paga ao Corinthians – 1,5 milhão de reais a mais.

Ainda falando em luvas, para assinar com a Adidas o Flamengo precisou pagar à Olympikus um total de 10,4 milhões de reais, parte em dinheiro – R$ 2.474.745,48 – e parte abrindo mão dos pagamentos devidos ao período setembro/12 a abril/13. Com isso, o patrocínio Adidas terá início efetivo em 1º de maio, mas o novo vice-presidente de marketing, Luis Eduardo Baptista, conseguiu negociar o pagamento das luvas antes da entrada em vigor do novo contrato (a segunda parcela, no valor de 25 milhões de reais, será paga até 15 de fevereiro). Ao analisar o negócio como um todo, esse custo deveria ser debitado na conta “novo patrocínio”, o que reduziria seus valores reais, mantendo os valores nominais. Nesse post, até para evitar interpretações incorretas, optei por manter os valores nominais.

Em termos de entradas no caixa, que é o fator mais importante para os clubes, considerei os pagamentos das cotas de patrocínio propriamente dito e os royalties garantidos, independentemente de quantas peças forem vendidas. São esses os valores com os quais os clubes podem contar e fazer previsões, além de adiantamentos.

Outros pagamentos são incertos, pois dependerão de objetivos que venham a ser alcançados pelos clubes. Se um time conquistar o Brasileiro, haverá um bônus. Estadual, outro. Libertadores, Mundial, copas do Brasil e Sul Americana também, em todos os casos. Se o número de peças vendidas de um clube exceder uma meta pré-fixada, o percentual por unidade destinado ao mesmo aumenta. As metas, entretanto, não são fáceis de serem ultrapassadas, ainda mais de forma significativa, de forma a gerar mais recursos de bom valor. É mais provável que isso ocorra justamente nos momentos em que o time estiver voando em campo, ganhando competições e empolgando os torcedores, quando um aumento nessas receitas passa até meio despercebido. Ganhando, tudo é festa.

Aqui há uma verdade inegável, demonstrada pelos números no decorrer de muitos anos: quando o time do coração vai bem, a torcida comparece, seja nos estádios, seja nas lojas. No caso do PPV temos visto uma manutenção, com oscilações pequenas, independentemente da campanha do time. Porque a compra é feita antes e no início da temporada, e o torcedor se alimenta de um misto-quente, onde o recheio é uma fatia de realidade e outra de esperança, tudo temperado pelo molho quente do sonho.

As verbas de marketing da Adidas para o Flamengo e da Nike para o Corinthians poderão gerar novos recursos, bem como despesas . No caso rubronegro, por exemplo, parte dela deverá bancar as despesas do time para um jogo amistoso por ano, definido pela fornecedora e especificado no contrato, que ficará com a receita de bilheteria e outras de ações localizadas. Por outro lado, o clube ficará com os direitos de transmissão da partida, que dependendo do adversário poderão gerar um dinheiro razoável. Outra parte dessa verba será usada para a produção de peças de comunicação que serão colocadas nos campos de jogos e locais de treinamento, mas sempre sobra alguma coisa.

Infelizmente, apesar de várias tentativas como disse, não consegui o mesmo nível de informações do São Paulo em relação ao acordo com a Cambuci S.A., detentora da marca Penalty. As únicas informações que circularam no mercado (até o momento em que concluía esse texto) apontam um valor de materiais a serem fornecidos ao clube no total de 13 milhões de reais, um número bastante alto para essa modalidade, e 1,5 milhão de reais para o time de futsal do clube, também incluído no valor total divulgado pelo clube.

As lojas dos clubes e para os clubes

Esse é um ponto importante: lojas. A distribuição das peças de vestuário para torcedores e público em geral é ainda muito deficiente, bastante problemática, nem tanto com relação às camisas oficiais, que são os itens com maior demanda, mas principalmente com as linhas de vestuário e outros produtos. Nesse sentido, as lojas próprias ou exclusivas têm hoje grande importância estratégica para os clubes. Ou deveriam ter.

A Reebok montou uma rede de lojas SAO, mas com o fim do patrocínio essas lojas fecham ou deixam de ser exclusivas da marca São Paulo. É uma perda razoável, pois uma parcela dos consumidores perde sua referência. Comenta-se que a Penalty montará lojas com o mesmo conceito, mas é uma tarefa que demanda tempo e custos a cada ano maiores.

O Flamengo tinha um projeto que, à época, considerei simples e genial: os Quiosques. Seriam unidades de custo relativamente baixo e com grande potencial para atingir a grande massa torcedora, fora ou dentro de shoppings em todo o país. Foi abandonado na gestão Amorim, pelas informações que tenho. A Vulcabrás tinha um projeto para criar lojas Olympikus/Flamengo, mas a falta de firmeza do clube no combate a empresas e lojas com produtos não oficiais acabou desestimulando a empresa a investir.

De seu lado, e chovam pedras sobre esse escriba, a rede de lojas “Poderoso Timão” não é da Nike. É do Corinthians, na forma de associação com empresas terceirizadas e virou um tipo de franquia. O clube poderia trocar a Nike pela Adidas e não teria problemas com sua distribuição, mantendo uma rede já conhecida do consumidor e pronta para dar saída a novos produtos, agregando receitas.

A importância das lojas próprias está também em dar ao clube maior poder de barganha e permitir-lhe antecipar-se ao mercado e buscar, ele mesmo, fornecedores para produtos únicos, específicos.

“Você mesmo cria e produz” (terceirizando, claro), como disse-me em conversa na tarde de ontem um profissional da área, que já atuou por alguns anos à frente do marketing de um dos grandes clubes brasileiros. “Ao fazer isso, o clube não fica parado, esperando que fornecedores ofereçam produtos com seus próprios preços. Pelo contrário, o próprio clube toma a dianteira, seleciona o fornecedor de acordo com o que julga mais necessário, importante e conveniente. Com tudo isso, a loja se torna um ativo valioso do clube.”

Ordens de grandeza próximas 

Os três novos contratos estão em ordens de grandeza muito próximas, cada qual com seus detalhes. Como já foi apontado em diversas pesquisas e posts nesse OCE, o maior número de torcedores do Flamengo é contrabalançado por uma maior concentração da torcida corintiana em áreas com maior poder potencial de consumo. A presença do São Paulo junto aos dois clubes com torcidas maiores é explicada por dois motivos básicos (olhando de fora e interpretando o quadro): concentração da torcida em regiões com maior IPC (Índice Potencial de Consumo) e um forte investimento da Cambuci S.A. em sua marca líder, a Penalty, e dessa no São Paulo, como seu carro-chefe, já como parte do reposicionamento da marca no mercado brasileiro e visando também três objetivos: mercado internacional, Copa 2014 e Jogos Olímpicos do Rio.

Ao fim e ao cabo, como disse um dos profissionais com quem conversei, teremos uma noção real dos valores envolvidos nos novos patrocínios e das metas alcançadas ou não em maio de 2014, depois que os balanços referentes ao ano em curso forem publicados.

Fonte: Olhar Crônico Esportivo - GloboEsporte.com

A nova ordem rubro-negra [OPINIÃO]


A política de austeridade que a nova diretoria do Flamengo começa a implantar no clube divide a opinião dos torcedores, mas, aposto, ganha a simpatia do mercado.
 
O simples fato de os homens fortes da nova gestão estarem se posicionando de forma contrária à onda perdulária de antigas gestões sinaliza a disposição de equilibrar as finanças do clube e a intenção de dar um novo valor à marca rubro-negra.

Acostumados à administração de grandes empresas e sabedores do quanto o Flamengo é capaz de produzir de receitas, Eduardo Bandeira de Mello, Wallim Vasconcenllos, Luiz Eduardo Baptista e Flavinho Godinho tentarão quebrar o paradigma do próprio clube _ geralmente chegado à banal espetacularização das contratações milionárias como forma de alienação e controle da massa.

Ontem, um experiente profissional rubro-negro, que acompanhou as últimas negociações para a contratação de bons jogadores para o clube, ajudou a decifrar o perfil dos novos diretores.

"Eles podem até não entender muito de futebol, mas sabem fazer negócio como poucos. O Flamengo vai andar...", me confidenciou.

Pois é... é o que torcida espera!

Fonte: Por: Gilmar Ferreira