terça-feira, 25 de setembro de 2012

Adidas banca saída da OLK para o Fla

                                  



O Flamengo vai receber R$ 13 milhões a mais da Adidas para acertar o rompimento com a Olympikus e terminar a instalação do Museu do Flamengo. A nova parceira enviou ontem ao clube documento confirmando a operação, que terá caráter de luvas, além dos R$ 25 milhões que ficarão para 2013. Com a saída da OLK, o acordo com a Adidas será antecipado em dois anos, para começar em janeiro. Serão R$ 363 milhões ao longo de dez anos.

Fonte: Marcelo Damato – Lancenet.

A Globo e a profissionalização do patrocínio esportivo

Por: Erich Beting

A Globo vai abrir espaço para falar o naming right no futebol a partir do ano que vem. A novidade, trazida pelo repórter Rodrigo Mattos no UOL, é que a emissora discute dentro de seu departamento comercial uma alternativa para fazer com que ela receba uma parte do valor como entrega de mídia do parceiro comercial de um clube.

Já é um avanço. Há três anos, um executivo da Globo disse para mim que falar o nome de empresa que patrocinava estádio, time, ginásio ou coisas do gênero não era uma propriedade que estava à venda na emissora. Agora, é.

E isso, no longo prazo, traz uma tremenda colaboração para que as relações do patrocínio esportivo no Brasil sejam mais profissionais. Nos Estados Unidos e na Europa, os mercados mais desenvolvidos do mundo, as emissoras fazem acordos com equipes e empresas para exibir determinadas marcas durante certo tempo da transmissão, ou até mesmo falar o nome do patrocinador. É comum e é lícito da parte do detentor dos direitos de transmissão do evento pedir isso.

No Brasil, vivemos uma histeria de colocar a Globo como vilã da história. Ela decide não falar o nome da empresa e, assim, afasta o potencial patrocinador. A empresa, claramente, faz o papel dela, defendendo a sua importância e o seu direito de ganhar dinheiro por conta disso. O problema, quase sempre, é que falta força (econômica e intelectual) para a contrapartida do esporte.

Afinal, uma coisa que precisa ficar clara desde o início é qual é o grande negócio de comprar uma propriedade de naming right. É supervalorizar demais a Globo e a própria mídia achar que o maior benefício de uma cota dessas é ter o direito de dar o nome para um evento. Geralmente, esse é o “bônus” da cota de patrocínio, que funciona muito mais para diversas outras coisas, como ações de relacionamento com consumidor e prestadores de serviço, realização de eventos no estádio, aproximação com um público específico, etc. A exposição na mídia (seja em exibição da marca ou no nome do evento/estádio) é o complemento dessa série de atividades.

Quando a Globo abre espaço para apoiar o naming right, mesmo que recebendo por isso, ela quebra a última barreira que separava as empresas da “desculpa” de não investir na propriedade. E aí ela contribui para que outras empresas de mídia adotem o nome do patrocinador nos eventos e, também, outras empresas decidam patrocinar o esporte por perceber que há essa abertura.

O fato é que as empresas já perceberam que ter o nome é muito mais do que tê-lo exposto na mídia. Do contrário, Kia, Santander, Chevrolet, Petrobras e outras empresas que batizam competições no Brasil ainda estariam à mercê da exposição dada pela imprensa. O passo que faltava para a última barreira ser quebrada, porém, começou a ser dado.

Fonte: Erich Beting - UOL


Inter abrirá mais dez lojas até o fim do ano


O Internacional anunciou que pretende abrir mais dez unidades da Inter Shop, loja oficial do clube gaúcho, até o fim de 2012. Contudo, as datas e os locais dos novos postos ainda não estão definidos. A única certeza é de que todos serão localizados no Rio Grande do Sul.

“Vamos abrir dez lojas aqui no Estado neste ano. Não sabemos em que cidades elas serão instaladas porque ainda estamos em negociações”, contou Jorge Avancini, diretor de marketing do Internacional.

A Inter Shop é resultado da parceria do time com a SPR, empresa responsável pela administração das lojas e pela confecção e distribuição de uma série de artefatos oficiais. A companhia possui vínculo semelhante com Corinthians, São Paulo e Vasco, por exemplo. Sua relação com a equipe colorada teve início no último mês de junho.

No momento, o Internacional possui 36 lojas físicas. O clube de Porto Alegre, no entanto, ainda quer mais. “Nosso objetivo é alcançar a marca de 60 lojas até 2014”, completou Avancini.  

A diretoria do time acredita que poderá obter uma receita anual de R$ 20 milhões apenas com lojas e licenciamentos até 2017. O valor equivaleria a um acréscimo de 50% em comparação com o atual faturamento do setor.

Fonte: MAURO ZAFALON Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP


Globo divulgará naming rights de estádios no Brasileiro de 2013


Segundo o portal "UOL", a Rede Globo divulgará o naming rights de estádios em suas transmissões a partir de 2013. A emissora receberá uma remuneração em troca, mas a forma  de pagamento ainda não foi definida.

A Globo poderá receber o dinheiro de duas maneiras: ficando com uma pequena parcela dos contratos entre o clube e a empresa parceira das arenas ou cobrando dos patrocinadores um valor para citar o nome deles nas transmissões.

Prática de naming rights é comum na europa.
“O departamento comercial está definindo a forma. A parte da emissora será pequena. Os clubes vão ficar com o grosso”,  revelou Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esportes.

O assunto é tema recorrente nos debates sobre comportamentos da mídia em relação ao esporte. A Globo realizava, desde o ano passado, uma pesquisa interna sobre a possibilidade de citar os parceiros comercais das arenas.

O faturamento com naming rights é o principal alicerce do projeto comercial dos novos estádios brasileiros. Um dos maiores contratos desse modelo no mundo é entre Bayern de Munique e a seguradora Allianz, que nomeia o Allianz Arena, estádio construído para a Copa do Mundo de 2006.  O clube recebe 6,5 milhões de euros por ano da empresa.

Fonte: REDAÇÃO Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP

domingo, 23 de setembro de 2012

Flamengo espera carta da Adidas, que aumenta oferta em R$ 13 milhões


Montante, agregado ao contrato de R$ 350 milhões, diz respeito à ressarcimento à Olympikus, que poderá antecipar saída do clube já no fim deste ano

O Flamengo aguarda um documento assinado pela Adidas - o qual prevê um aumento da proposta feita ao clube em R$ 13 milhões - para encaminhar a oferta para ser apreciada pelo Conselho Deliberativo. Existe a possibilidade de a Olympikus ficar no clube só até o fim de 2012, antecipando o término do contrato em dois anos.

A inclusão desse valor, agregado aos R$ 350 milhões apresentados em abril pela multinacional alemã, diz respeito ao ressarcimento que a atual fornecedora receberá pelo investimento feito na construção do Museu do Flamengo.

Automaticamente, esses R$ 13 milhões serão acrescidos à bonificação de R$ 25 milhões prevista no contrato. Assim, o Rubro-Negro receberá de luvas R$ 38 milhões antecipadamente para assinar com a Adidas por dez temporadas e se tornar um clube Classe A da empresa.

A Olympikus enviou uma contraproposta ao clube no dia 23 de agosto, respeitando a data-limite estipulada pelo Flamengo. O clube, por sua vez, conseguiu prorrogar o prazo para responder à Adidas, alegando que precisaria analisar a nova oferta da fornecedora concorrente.

Os valores que o Fla receberia da Adidas entre 2015 e 2024, que garantem exclusividade, foram divididos em duas partes. Nos primeiros cinco anos, o clube ganharia R$ 12,5 milhões em dinheiro. Nos outros cinco restantes, esse montante aumentaria para R$ 17,5 milhões por temporada.

Há três situações, por sua vez, em que os pagamentos não sofrem variáveis. Seriam R$ 8 milhões em fornecimento de material esportivo, outros R$ 8 milhões em garantia mínima de recebimento de royalties e mais R$ 1,5 milhão em ações de marketing. Na primeira metade, então, o Flamengo teria direito a R$ 30 milhões por ano. Já a segunda parte asseguraria mais R$ 35 milhões por ano.

O atual contrato da fornecedora com o Flamengo é no valor de R$ 18 milhões por ano e vencerá no fim de 2014.

Contrato recorde de um clube brasileiro que está para ser fechado

FLAMENGO

Adidas: R$ 363 milhões/ 10 anos

Como será:
- Primeiros cinco anos (R$ 30 milhões/ano): R$ 12,5 milhões pela exclusividade, R$ 8 milhões em fornecimentos de produtos, R$ 8 milhões de garantia mínima de recebimento de royalties e R$ 1,5 milhão em ações de marketing

- Últimos cinco anos (R$ 35 milhões/ano): R$ 17,5 milhões pela exclusividade, R$ 8 milhões em fornecimentos de produtos, R$ 8 milhões de garantia mínima de recebimento de royalties e R$ 1,5 milhão em ações de marketing

- Luvas pela assinatura no prazo de seis meses antes da entrada em vigor do contrato: R$ 25 milhões + R$ 13 milhões (ressarcimento à Olympikus)

- Royalties: produtos com as marcas Adidas e do clube - 10% / produtos com as marcas do clube apenas - 4%

- Bônus por conquistas:

Campeonato Carioca - R$ 200 mil
Copa do Brasil - R$ 200 mil
Copa Sul-Americana - R$ 200 mil
Campeonato Brasileiro - R$ 750 mil
Copa Santander Libertadores - R$ 750 mil
Mundial Fifa - R$ 800 mil

Contrato dos quatro Classe A da Adidas (valor por temporada)

Real Madrid: R$ 100 milhões: Cerca de 40 milhões de euros por ano (até 2020)
Milan:  R$ 42 milhões: Cerca de 17 milhões de euros por ano (até 2018)
Bayern de Munique: R$ 62 milhões: Cerca de 25 milhões de euros por ano (até 2020)
Chelsea: R$ 74,5 milhões: Cerca de 30 milhões de euros por ano (até 2018)

Fonte: Bruno Braga e Eduardo Mendes – LANCENET!

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A PRODUÇÃO (E AS DIFICULDADES) DA LATA DO SEU TIME DE FUTEBOL


ENTENDA COMO A CRIAÇÃO DE EMBALAGENS PERSONALIZADAS PARA CADA CLUBE TORNA A OPERAÇÃO DA AMBEV MAIS COMPLEXA E ONEROSA EM TODO O BRASIL

Nesta semana, a Brahma colocou no mercado paulista as latas personalizadas de Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Ponte Preta e Portuguesa, clubes que passou a patrocinar em maio, quando os tirou da Kaiser. E o torcedor que as consome pode não ter a noção exata de quão custoso e complexo é para a Ambev produzir essas latas.

Quando a cervejaria se dispõe a ter produtos personalizados para cada clube que patrocina, ela tem de obedecer a novos padrões. Se um são-paulino tentar encontrar a lata de seu time no supermercado ou em um bar e não a encontrar, por exemplo, o efeito da ação acabaria sendo prejudicial à marca: ele sairia do recinto irritado com a Ambev.

É por situações assim que a companhia tem de montar um esquema de distribuição que abasteça o mercado por igual com as latas dos seis times. Obviamente, há diferenças de tamanho de torcida de um clube para outro, algo que interfere na demanda por cada uma das latinhas. Naturalmente, também há regiões em que certas latas são mais vendidas do que outras. Qualquer que seja o cenário, o escoamento não pode falhar.

Para que a distribuição não seja prejudicada, a produção também deve estar alinhada, e aí surgem mais dificuldades. Nas fábricas, para que sejam produzidas diferentes latas de Brahma, a máquina que está configurada para fazer as embalagens comuns precisa ser interrompida e preparada para produzir as latas personalizadas dos times.

"Toda lata de clube que lançamos no mercado é uma nova embalagem para a gente, então trabalhamos com cada lata como se fosse um produto novo. Muda o nosso processo industrial. É óbvio que, quanto mais produtos, mais complexa é a produção e a distribuição, mas com o passar dos anos nós temos evoluído esse processo, e a nossa capacidade fabril nos permite fazer essas ações", explica Rafael Pulcinelli, gerente de marketing corporativo da Ambev e responsável pelo futebol.

O executivo não revela a quantidade de latas produzidas, tampouco quantas são feitas para cada clube. Mas conta que, com base no tamanho de cada torcida e na demanda comum do mercado, faz cálculos para que o montante necessário para abastecer o mercado seja produzido de uma vez. Assim, as máquinas só precisam ser interrompidas caso algum estoque tenha sido esgotado, um modo de não encarecer a produção.

Dada a complexidade para produzir e distribuir as latinhas dos clubes, a Ambev decidiu fazer apenas edições limitadas. Durante um mês ou um pouco mais esses produtos são colocados no mercado, uma estratégia que também faz com que as latas tenham maior giro, pois os consumidores se antecipam e as compram pois não sabem até quando elas estarão disponíveis. "Nesse processo de in e out, como chamamos, conseguimos renovar as embalagens e atrair colecionadores", diz Pulcinelli.

Caminhão da Ambev transporta Cerveja Brahma (Foto: Divulgação)Para "piorar", todo esse processo é realizado no país inteiro, pois a Brahma é patrocinadora de 35 clubes. O Rio de Janeiro foi o primeiro mercado a ser trabalhado, com as latas de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco. Os times baianos, seguidos pelos gaúchos, foram os seguintes, e agora é a vez de São Paulo. As próximas regiões nas quais serão lançadas latinhas são Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará. Tudo para aproximar a empresa dos torcedores de cada time, os consumidores.

Fonte:  POR RODRIGO CAPELO – ÉPOCA NEGÓCIOS 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Banco do Qatar planeja patrocínio de R$ 1 bilhão ao PSG em quatro anos


A revista francesa "France Football" divulgou nesta quarta-feira que um banco do Qatar está interessado em investir um patrocínio recorde no Paris Saint-Germain. O negócio é visto por muitos como uma forma de burlar as regras do Fair-Play Financeiro defendidas pela Uefa (orientação para os clubes não gastarem mais do que arrecadam).

De acordo com a publicação, a instituição financeira irá injetar 100 milhões de euros (R$ 264,5 milhões) por temporada. O acordo seria por quatro anos, totalizando um investimento final de 400 milhões de euros (cerca de R$ 1 bilhão). A notícia não foi confirmada nem negada pelo clube parisiense.

"Qualquer comentário a respeito de contratos futuros só serão feitos quando estes forem assinados", informou o PSG através de um comunicado oficial.

A marca do banco, que ainda não teve o nome divulgado, substituiria a da empresa aérea Fly Emirates, que paga 3,5 milhões de euros (R$ 9,2 milhões) por temporada em patrocínio.

Além da exposição do logo na camisa do PSG, os qatarianos querem realizar uma operação de "naming rights" no Estádio Parque dos Príncipes. No entanto, tal intenção seria impedida atualmente pelo fato de o estádio ser propriedade da Prefeitura de Paris.

Para aprovação da assinatura do contrato, a proposta deverá ainda passar pela análise de uma instância da Federação Francesa de Futebol que controla a movimentação financeira dos clubes.

Fonte: Jornal Folha de SP

domingo, 16 de setembro de 2012

Os Bilionários Clubes Russos


Em um contexto de vacas magras para os poderosos Real Madrid e Barcelona (e com o Manchester City discreto), coube ao pouco conhecido Zenit surpreender o mundo no fechamento da janela do mercado europeu: sem pudor, o clube gastou R$ 270 milhões para levar Hulk e o belga Witsel, jogadores de segundo escalão no continente. Só perdeu em investimentos para Chelsea e Paris Saint-Germain: resultado da injeção milionária da gigantesca Gazprom, petroquímica russa que, assim como suas irmãs estatais, financia um império esportivo que despreza a crise e ameaça o reinado de países (endividados) como a Espanha e a Itália.

O futebol russo virou um oásis gelado. Após o colapso da União Soviética, em 1991, muitos empresários lucraram fortunas, e o governo local montou empresas poderosas. No começo da década passada, o país voltou os olhos ao futebol — e a UEFA abriu os olhos para os bilionários: a entidade já investigou acusações de lavagem de dinheiro, manipulação de resultados e envolvimento de grupos mafiosos na administração dos clubes. Um caso simbólico é a chegada do grupo MSI ao Corinthians, em 2005: o empresário Kia Joorabchian, agente de astros como Tévez, é parceiro do oligarca Boris Berezovsky, que precisou fugir da Rússia em uma briga política com o presidente Vladimir Putin.

— O magnata nem sempre contrata o melhor jogador, o mais rentável. Clubes como o Barcelona e o Manchester United possuem elencos melhores que City, PSG e Zenit porque investem com a racionalidade de um negócio. O Zenit, se viesse ao Brasil, conseguiria vários jogadores melhores que o Hulk pagando muito menos — analisa Amir Somoggi, especialista em mercado do futebol.

Membro do Bric (grupo econômico de países emergentes) com o Brasil, a Rússia hoje só perde para os Estados Unidos em número de bilionários — e possui um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) inferior ao do Panamá, por exemplo. Mas investiu quase o dobro do futebol espanhol em contratações no último mercado de verão. E ainda sediará a Copa do Mundo de 2018 — cujas obras estão em situação mais avançada que no Brasil.

Terra do artilheiro Shevchenko, ídolo do Milan, a Ucrânia aproveita a maré financeira da vizinha (e inimiga histórica) Rússia e, com a mesma estratégia de apoio estatal e bilionário, virou um eldorado para os brasileiros — por enquanto, com o domínio de dois clubes: o Dínamo de Kiev e o Shakhtar Donetsk, que planeja contratar Dedé e ofereceu R$ 26 milhões pelo jogador.

O Shakhtar é controlado pelo bilionário Rinat Akhmetov, dono de uma fortuna de R$ 32 bilhões, segundo a revista "Forbes". Apaixonado por futebol, vive de olho no Brasil: atualmente, há nove atletas do país no elenco, que já contou com nomes como Elano e Jadson. O Dinamo de Kiev, por outro lado, detém mais cinco brasileiros, e na última janela investiu cerca de R$ 100 milhões em reforços — a Ucrânia, com a Polônia, sediou a Eurocopa em junho e sofreu com atrasos na entrega das obras e problemas financeiros.

Investigação
Da mesma forma, as equipes do país — e seus donos — são investigados pelos altos gastos. Envolvido em política, Akhmetov — dono de uma empresa de investimentos — é acusado pela imprensa ucraniana de fazer parte do crime organizado no país, uma polêmica eterna na Rússia. Em 2008, um juiz espanhol encaminhou a promotores alemães a denúncia de que Gennady Petrov, integrante da máfia local "Tambov Gang", em São Petersburgo, manipulou o resultado de um jogo entre o Zenit e o Bayern de Munique, pela Liga Europa. O jogo acabou em 4 a 0 para os russos.

Na época, a Espanha prendeu Petrov e outros 60 russos no país — por fazer parte da máfia. Entre os quais, Vitaly Izguilov, flagrado em grampo negociando a venda de um atleta do Zenit. A Justiça espanhola investigou uma aliança entre os mafiosos e o governo russo em contrabando e lavagem de dinheiro.

— Quando estive na Ucrânia, ao sentar com o presidente de um clube, ele colocou logo uma arma em cima da mesa. Alguns negociam assim, outros são educados. Lá, é assim — revela um empresário brasileiro.

Investidor pioneiro
Nos últimos dez anos, nenhum homem gastou com futebol como o bilionário russo Roman Abramovich, que possui quase R$ 40 bilhões e figura atualmente como o 68º mais rico do mundo.

Desde 2003, quando adquiriu o Chelsea, Abramovich investiu R$ 2,7 bilhões no clube, que vinha de longo jejum no futebol inglês. E, desde a chegada do magnata, venceu a Premier League em 2005, 2006 e 2010 e conquistou a Liga dos Campeões em maio passado.
Na última janela, Abramovich pagou R$ 90 milhões pelo jovem brasileiro Oscar, que atua no clube com Ramires e David Luiz. Só com o espanhol Fernando Torres, em 2011, o russo gastou R$ 190 milhões — fora os mimos que acumula, como iates, mansões, jatos particulares e carros blindados de luxo.

Em 2005, o nome de Abramovich ganhou notoriedade no Brasil pelo envolvimento com o oligarca Boris Berezovsky, ligado ao grupo MSI, que investiu no Corinthians. Os dois, depois, viraram rivais em uma disputa judicial bilionária envolvendo a empresa Sibneft, incorporada pela Gazprom (dona do Zenit). Amigo pessoal do presidente Vladimir Putin, o empresário já investiu maciçamente no CSKA Moscou.

Fonte: Lucas Calil -  Jornal Extra


 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Grêmio terá alfaiataria oficial


Para incrementar ainda mais seu programa de sócio torcedor, o Grêmio anunciou uma nova parceria. A Spirito Santo será a Alfaiataria Oficial do clube gaúcho.

Pelo acordo, os sócios gremistas terão descontos de até 15% nas lojas Spirito Santo localizadas em Porto Alegre e na loja virtual. O acordo está enquadrado na modalidade Gold do clube.

Este tipo de acordo, absolutamente natural na Europa, precisa urgentemente virar tendência em nosso país. Parceiros exclusivos em diversos segmentos, como automotivo, telecomunicações, bebidas (comum por aqui), entre outros, que fujam do uniforme, são fundamentais na geração de novas receitas.

Fonte: MktEsportivo

Sevilla renova aporte, prorroga máster e muda marca

O Sevilla renovou um contrato, mas essa é apenas parte da história. O time espanhol anunciou nesta semana a ampliação de seu acordo com a empresa alemã de apostas Interwetten, a quem a equipe seguirá vinculada até o fim da temporada 2012∕2013. O negócio envolve uma mudança de marca e uma exposição pontual no uniforme de jogo.

A Interwetten começou a patrocinar o Sevilla em outubro no ano passado. Na época, como a empresa ainda não estava enquadrada na nova lei de apostas da Espanha, a marca usava no contrato foi a do site Interapuestas.com.

O contrato assinado em 2011 envolvia apenas o uso comercial da imagem do Sevilla e uma série de ações conjuntas de relacionamento. O time espanhol havia encerrado meses antes uma relação corporativa com o site de apostas 12Bet.com.

A 12Bet.com, aliás, foi a última patrocinadora máster que o Sevilla teve. No fim da temporada 2010∕2011, a companhia avisou ao clube que não pretendia manter o vínculo.

Na renovação com a Interwetten, além da mudança de marca, o Sevilla ofereceu o uniforme. A empresa ocupará a cota máster da equipe até o fim de setembro.

Antes mesmo de a parceria ser oficializada, a Interwetten já havia sido colocada na camisa do Sevilla. A marca vinha aparecendo no uniforme da equipe desde a pré-temporada.

Caso o Sevilla não encontre um novo patrocinador máster, é possível que a Interwetten siga no espaço depois de setembro. Até o momento, porém, não houve nenhum acordo para isso.

“Em tempos de crise, quem tem um patrocinador tem um tesouro”, resumiu o presidente do Sevilla, José María del Nido, em anúncio oficial. Detalhes financeiros do novo contrato com a Interwetten não foram revelados.

Fonte: REDAÇÃO - Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP

Corinthians vai ter feira própria para varejo


O Corinthians vai anunciar nesta sexta-feira, no centro de treinamento do clube, a criação de uma feira própria para o mercado de varejo. O evento será realizado em dezembro deste ano, em São Paulo.

O evento será chamado “Natal da Fiel”, com produção em parceria com a empresa Mastran Business Fairs. A empresa já tem expertise na criação de feiras corporativas.

A proposta do Natal da Fiel é reunir produtores e vendedores ligados ao Corinthians, mas não limitar o espectro ao clube. O time servirá como mote para o evento, com atrações e participações de personagens ligados à história alvinegra.

O Natal da Fiel será realizado em dezembro para aproveitar um período favorável para o consumo. A ideia da Mastran é replicar posteriormente o modelo com outras equipes.

Fonte: REDAÇÃO - Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP

Brahma e Atlético-MG focam CT em nova parceria


Após três anos de parceria, a cerveja Brahma e o Clube Atlético Mineiro anunciaram nesta terça a renovação do acordo de patrocínio por mais dois anos e meio. Os valores do novo acordo não foram divulgados.

A marca, que patrocina 32 times de futebol em todo o Brasil, será uma aliada do Galo na manutenção e melhoria do centro de treinamentos do clube, a Cidade do Galo, que já é considerado um dos melhores e mais modernos do país.

“Nosso objetivo não é lucrar, e sim deixar um legado para o futebol brasileiro. A ideia a ajudar e qualificar os clubes, para que até 2015 o nosso campeonato seja o mais forte do mundo. O presidente Alexandre Kalil nos sugeriu essa parceria para o CT e nós achamos que se encaixava perfeitamente no que buscávamos”, afirmou Rafael Pulcinelli, gerente de marketing da Brahma.

“Nós nos sentamos e conversamos com cada um dos 32 clubes e suas respectivas diretorias e analisamos as particularidades de cada um deles. Não temos uma estratégia de marketing padrão, e sim uma específica para cada time”, completou.

A parceria no CT do Atlético não é a primeira do gênero que a Brahma realiza. Entre outras ações, a empresa já colaborou com a renovação de espaços como o gramado do Engenhão, a sala de imprensa do Cruzeiro e a sala de troféus do Fluminense.

Outra ação que a marca fará com o clube de Minas Gerais será o lançamento de latas exclusivas da cerveja com as cores e o emblema do clube. Essa iniciativa já inclui outros clubes parceiros da Brahma no país, como os gaúchos Inter e Grêmio, os baianos Vitória e Bahia e os quatro grandes do Rio: Fluminense, Vasco, Flamengo e Botafogo. O Galo terá sua edição lançada em setembro, junto com a de seu rival, o Cruzeiro.

Fonte: DANIEL ZALAF - Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP

Governo investirá R$1 bi em esporte para Rio-2016


Como sede dos próximos Jogos Olímpicos e com apenas a 22ª colocação no quadro de medalhas em Londres, o Governo Federal anunciou nesta quinta-feira a implementação do Plano Brasil Medalhas, um investimento de cerca de R$1 bilhão em esportes olímpicos que tem como meta levar o país ao Top 10 do esporte mundial nos Jogos do Rio em 2016.

Meta é estar entre os dez primeiros colocados nas Olimpíadas - Fonte: UOL
A presidente Dilma Rouseff e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, apresentaram a iniciativa nesta tarde. O plano contempla diversas ações de incentivo e apoio a atletas de elite, confederações e centro olímpicos.  Além disso, segundo o ministro, o plano inclui ainda a construção “do maior centro de treinamento paralímpico do mundo”, autorizada pela presidente Dilma.

"O plano é algo que ajuda a nos prepararmos para os jogos de 2016, que compatibiliza o Brasil como país-sede com o quadro de medalhas que nós queremos", disse o ministro Rebelo. "Nós projetamos o Brasil entre os dez primeiros colocados Jogos Olímpicos e entre os cinco primeiros nos Jogos Paraolímpicos”, completou.

O principal meio de ajuda serão as bolsas concedidas aos esportistas, que foram totalmente reformuladas. Agora, atletas que estão entre os 20 melhores do mundo em suas categorias gozarão de bolsas de até R$15 mil, valor quase cinco vezes maior que o teto anterior de R$3100. Já técnicos de atletas do mesmo nível receberão até R$10 mil por mês. Os desportistas poderão contar ainda com capital de até R$20 mil para novos equipamentos e apoio financeiro para diárias e passagens em suas viagens.

Nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, das 17 medalhas do Brasil, dez foram conquistadas por bolsistas. Enquanto isso, nos Jogos Paralímpicos, todos os 43 medalhistas brasileiros recebem apoio do Governo.

Fonte: REDAÇÃO - Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP

Emirates assumirá cota máster do Real, diz jornal


Atualmente, o Real Madrid estampa em sua tradicional camisa branca o logo da casa de apostas Bwin, parceira do clube desde 2007, quando substituiu a Benq Siemens. Mas isso pode mudar a partir do próximo ano, quando o contrato entre as partes se encerra.

Segundo informações do jornalista Tomás Roncero, setorista do clube madrileno no periódico espanhol "AS", a Emirates Airlines, atual companhia aérea oficial do clube, deve assumir o posto de patrocinadora máster a partir da temporada 2013/14.

O acordo atual entre Bwin e Real gira em torno de 20 milhões de euros ao ano, mas se vê afetado após a aprovação da nova lei de apostas na Espanha, que mudou a carga de impostos dos sites que atuam no segmento.

O novo contrato com a Emirates teria duração de cinco anos e levaria cerca de 22 milhões de euros livres de impostos por ano ao cofre do Santiago Bernabéu. Dessa forma, o Real passaria a ter o terceiro maior patrocínio entre os clubes europeus, só atrás de Manchester United e do rival Barcelona, com 33 e 30 milhões, respectivamente.

Além de estampar a camisa do Real, o clube teria rejeitado uma oferta da companhia aérea pelo aluguel dos naming rights do estádio Santiago Bernabéu por um valor próximo aos 53 milhões de euros ao ano, de maneira que a atual casa passaria a se chamar “Fly Emirates Santiago Bernabéu”.

A Emirates é atualmente patrocinadora máster de diversas equipes europeias, como Milan, PSG, Hamburgo e Arsenal. A exemplo da proposta feita ao Real Madrid, o nome da companhia aparece também no estádio do clube londrino, chamado “Emirates Stadium”.

Fonte: REDAÇÃO - Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP

Barcelona terá cores da Catalunha em 2013/2014


A temporada 2012/2013 do futebol espanhol nem bem começou e o Barcelona já planeja seu uniforme para o próximo ano. Segundo o jornal espanhol “Sport”, o clube terá um uniforme reserva em alusão à Senyera, bandeira da região da Catalunha, região que tem Barcelona como capital.

Uniforme será amarelo e vermelho
A indumentária seria produzida pela Nike, atual fornecedora, e usaria as cores amarelo e vermelho. A camisa voltaria a apresentar faixas verticais, tradição do clube que foi deixada de lado na atual temporada. A diretoria do Barcelona ainda não confirmou a novidade.

Segundo o "Sport", uma das ideias em torno do novo produto é ampliar a ligação do clube com a Catalunha. Outras equipes da Espanha, como Real Madrid, Athletic Bilbao e Valência já usaram uniformes com cores de suas regiões.

Fonte: REDAÇÃO - Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP

Nike será parceira do COI até 2016, diz site


O Comitê Olímpico Internacional (COI) deve anunciar nos próximos dias a Nike como nova fornecedora oficial de roupas. Segundo o site “Insidethegames.biz”, a empresa de material esportivo já tem tudo acertado com a entidade para substituir a Mizuno.

Ainda de acordo com o site, o contrato entre COI e Nike teria validade até 2016, ano em que o Rio de Janeiro receberá os Jogos Olímpicos. O contrato não envolveria aporte financeiro.

A cota ocupada atualmente pela Mizuno é de fornecedora. A empresa japonesa é responsável pelas roupas do COI e de seus funcionários em todos os eventos oficiais da entidade.

Contudo, a Mizuno mudou recentemente o direcionamento. A empresa resolveu concentrar forças no projeto de Tóquio, cidade japonesa que tenta sediar os Jogos Olímpicos de 2020.

Como a Mizuno decidiu patrocinar a candidatura e se afastou do COI, a Nike aproveitou a brecha. A companhia norte-americana já havia feito neste ano as roupas usadas pelos atletas que sem país que disputaram os Jogos Olímpicos de Londres.

O curioso é que Tóquio, que disputa os Jogos de 2020 com Istambul e Madri, será a primeira cidade avaliada pelo COI. Oficiais da entidade irão ao Japão em março do próximo ano, e já devem aparecer com material esportivo produzido pela Nike.

Fonte: REDAÇÃO - Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP

Dirigente do Vasco divulga aporte pelo Facebook


Eduardo Machado, vice-presidente de marketing do Vasco, utilizou sua página pessoal no Facebook para divulgar o novo acordo de patrocínio com a Leduca, empresa de construção civil. A marca será exibida na barra/calção do uniforme. Os valores não foram divulgados.

O novo patrocinador ficará exposto na camisa vascaína até o fim do Campeonato Brasileiro de 2012. A Leduca já havia feito um acordo pontual com o Vasco para duas partidas deste campeonato, contra Grêmio e Portuguesa.

“O patrocínio pontual com a Leduca foi determinante para o prolongamento do vínculo, eles acharam o retorno de mídia ótimo e decidiram manter o patrocínio até o fim do ano. Provavelmente teremos outras ações além da divulgação da marca na camisa, mas isso não está decidido”, revelou Eduardo Machado.

As duas partes acreditam em uma renovação de contrato para 2013.

“Primeiro, ficamos muito honrados de poder colocar nossa marca em uma instituição como o Vasco, um clube de elite do futebol brasileiro. Houve um esforço muito grande por parte da empresa para firmar essa parceria, que pretendemos estender não só para o fim da temporada, como também para o ano que vem”, comentou Paulo Marques diretor de comunicação da Leduca.

Vasco e Leduca estudam a expansão do contrato para outras áreas do clube. Esporte amado, departamentos sociais e divisões de base seriam os beneficiados.

Fonte: LUCAS TURCO - Da Máquina do Esporte, São Paulo - SP

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

[OPINIÃO] São Paulo e Semp Toshiba – Patrocínio de acordo com a realidade


Por Emerson Gonçalves

Já tínhamos o exemplo do patrocínio Guaraviton para o Botafogo, com base em perspectivas mercadológicas realistas e valor idem, já mencionado nesse OCE – Expectativas exageradas… Realidade pobre – Parte I. Nesse mesmo post fiz uma curta viagem pelo Brasil dos patrocínios, que, tirando patrocínios de empresas estatais, cuja motivação é política e pouco tem a ver com o mercado e com o marketing, o que vimos foram camisas importantes sem patrocínio máster de real peso e nome. Muitos fatores contribuíram para isso, principalmente a poluição das camisas e o preço fora da realidade pedido pelos clubes. Outros posts cobriram esse tema, como, por exemplo, esse: Patrocínios: Expectativas exageradas, realidade pobre – Parte II
Maicon, meia do São Paulo (foto: Wagner Carmo/VIPCOMM)Esse OCE já havia alertado que o fator Ronaldo e o fator Centenário haviam impactado fortemente os patrocínios do Corinthians, o que veio a ser confirmado pela realidade. Quando dirigentes de clubes estufaram o peito e falaram em conseguir patrocínios de 40 ou 50 milhões de reais, voltei a bater na tecla da ilusão. O mercado não pagaria, como de fato não pagou e não pagará por delírios de dirigentes. Aquele momento do Corinthians foi único e até poderá repetir-se, é evidente, desde que o clube tenha novamente uma excepcional condição de aumentar sua presença de mídia além do normal.
No início desse ano tivemos o acerto Palmeiras/Kia, abordado nesse posto: Palmeiras sai na frente com novo patrocínio. Considerei esse acordo muito importante e significativo, pois juntava um clube de porte e tradição a uma empresa nitidamente voltada para o mercado e para o consumidor. E seu nome na camisa palestrina geraria um aumento em sua exposição, reconhecimento e aceitação junto aos consumidores, não somente palmeirenses, é bom que se diga. Num primeiro momento, em função das informações veiculadas, estimei que o valor real do patrocínio estaria ao redor de 20 milhões de reais por ano, mas informações posteriores colocaram o desembolso anual em 18 milhões, com correções no período e prêmios por conquistas, o que poderia elevar o total do patrocínio a 75 milhões de reais em três anos.
Não existem milagres nessa área e sim contas, cálculos, planejamento, metas, revisões… Dinheiro não cai do céu e não “dá” em árvores e nenhuma empresa com um mínimo de capacidade e competência administrativa pagará mil por um produto ou serviço de setecentos, apenas como exemplo.
Seguindo nessa linha, temos agora o patrocínio da Semp Toshiba para o São Paulo.

São Paulo e Semp Toshiba: acordo até 2014

O patrocínio vai até 31 de dezembro de 2014, com pagamento anual de 23 milhões de reais (meio por força do hábito, eu escrevi euros ao invés de reais… até que não seria ruim, ?), totalizando 53 milhões de reais para esse período de 28 meses. Não foram feitas menções a bônus por conquistas, mas é provável que existam.

Ontem à noite mesmo, contra o Internacional, o time já estreou a camisa com o novo patrocinador. Que na verdade são patrocinadores: STI e Semp Toshiba. Temos, portanto, um duplo patrocínio pelo preço de um, outra prática que os clubes brasileiros têm aceitado sem grandes questionamentos, já discutida em posts anteriores.

Nessa semana, o ex-diretor de marketing da Gradiente e da LG, Eduardo Toni, assumiu a direção dessa área na Semp Toshiba. Toni já conhece o São Paulo e sabe o que esperar. Durante o período em que patrocinou o clube, a LG teve um excelente incremento no conhecimento de sua marca, algo que deve ser, também, o foco da Semp Toshiba, mas não único. A empresa já existe há 70 anos e é muito conhecida, crescendo ainda mais depois da associação com a japonesa Toshiba em 1977, quando ao nome original foi acrescentado o da parceira. Seu portfólio de produtos é o maior do país, mas, pelo que venho acompanhando nos últimos anos, a marca Semp Toshiba parece precisar de um empurrão na modernização da imagem e na forma como seus produtos são vistos.

A exposição da marca na camisa de um time de futebol agrega valores que são próprios da marca do clube, de uma forma inconsciente (ver os posts sobre “personalidade das marcas – I” e “personalidade das marcas – II”). Acredito que essa relação foi considerada no estudo e planejamento desse patrocínio, como é o correto a ser feito e pontos. Nesse caso, por exemplo, uma empresa que fabrica produtos eletrônicos e associados ao emprego de tecnologia de ponta, pode se beneficiar da imagem que o torcedor (em geral, e não apenas do clube) tem do São Paulo, em contraponto à imagem que o mesmo torcedor tem do Corinthians, como exposto na parte I dos posts citados: “Enquanto o Corinthians é pura paixão, alegre, corajoso, impetuoso, autêntico e ama a liberdade, o São Paulo é inteligente, sofisticado e racional.”

Ah, mas como a Samsung patrocinou o Corinthians, então ela errou?

Não, não errou, mas muito provavelmente não conseguiu agregar aos seus produtos a força maior da marca Corinthians: paixão. Ao passo que a Semp Toshiba, poderá agregar aos seus produtos a força maior da marca São Paulo: racional.

O importante, ao fim e ao cabo, é que o mercado de patrocínios está se mexendo. Os valores estão e continuarão distantes daqueles que dirigentes apregoaram, inclusive os do São Paulo, mas são valores reais para um mercado real. Lembrando que nesses dias o PIB brasileiro voltou para a posição de sétimo maior do mundo, o que não foi surpresa para os leitores deste OCE, pois desde o início o alerta foi claro: a sexta posição era muito mais fruto de uma irrealidade cambial do que de uma economia estruturalmente forte.

Fonte: Por Emerson Gonçalves – Olhar crônico esportivo