terça-feira, 21 de maio de 2013

Barrada na Copa, Itaipava quer lucrar com shows e UFC


"Nós já sabíamos da questão da Copa quando fizemos a nossa avaliação. Não estamos apenas comprando os naming rights. Teremos também outros produtos capazes de produzir receitas", diz o diretor da Itaipava

A Itaipava, marca do Grupo Petrópolis, já fechou contrato de naming rights com duas arenas da Copa das Confederações e ainda negocia um acordo semelhante com o Itaquerão, palco da abertura do Mundial de 2014. A cervejaria, no entanto, está excluída dos dois torneios: mesmo tendo um contrato de exclusividade com as arenas, o patrocínio não vale durante os torneios, já que apenas os patrocinadores da Fifa têm direito a explorar os espaços durante os eventos. Ou seja: durante os dez anos de contrato com a Arena Fonte Nova e a Arena Pernambuco, a Itaipava terá sua marca na fachada e o Grupo Petrópolis será a único fornecedor a vender bebidas nos bares e lanchonetes dos estádios; durante a Copa, no entanto, o nome da cervejaria não poderá ser usado e as bebidas serão de concorrentes, como a Budweiser, parceira oficial da Fifa. Apesar disso, a empresa se diz confiante no retorno dos contratos - e já planeja outras formas de buscar lucro.

"Junto com os administradores dos estádios, vamos trazer outras atrações e dividir os resultados", explicou o diretor de mercado do Grupo Petrópolis, Douglas Costa, na segunda-feira, dia da inauguração do estádio de Pernambuco. "Se fosse só para patrocinar a arena, poderia ser inviável. Mas, apesar da relevância da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, esses serão eventos de apenas um mês. Temos muito tempo no resto do contrato para explorar e criar atividades dentro das arenas." Por ser detentor também de uma linha de energéticos, o TNT, o grupo planeja atrair eventos do UFC para a Arena Pernambuco, além de competições de outras modalidades que têm atletas patrocinados pela marca, como skate e motocross. Além disso, espera-se transformar o estádio em um grande palco para shows em Pernambuco. Com isso, acredita o executivo, será possível compensar a falta de exposição da marca e dos produtos no decorrer dos dois torneios.

"Nós já sabíamos da questão da Copa quando fizemos a nossa avaliação. Não estamos apenas comprando os naming rights. Teremos também outros produtos capazes de produzir receitas", explicou Costa. A diversificação de eventos nas arenas pode ajudar também na venda dos produtos da marca - afinal, se nas partidas de futebol é proibida a venda de bebidas alcoólicas, nos shows e noitadas de UFC a companhia poderá reforçar sua receita com a venda de cerveja. Para dar o nome de Itaipava Arena Pernambuco ao estádio, a cervejaria fechou um contrato de 100 milhões de reais por um período de dez anos. O valor é o mesmo que o grupo pagou pela Arena Fonte Nova, em Salvador, mas está abaixo de outros estádios do país. A Allianz, por exemplo, pagará 300 milhões de reais por 20 anos na nova arena do Palmeiras. O Corinthians almeja nada menos que 400 milhões de reais em sua futura casa. O diretor da Itaipava nega, porém, que os valores pagos em Salvador e Recife estejam abaixo da realidade do mercado. "Acho que está bem dimensionado."

Fonte: Negócios do esporte - Veja

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